Michael Owen concedeu uma extensa entrevista à edição desta quinta-feira do jornal britânico Mirror, na qual saiu em defesa de Ruben Amorim, que continua longe de ser uma figura consensual, no Manchester United, visto que, nos 46 jogos disputados desde que foi adquirido ao Sporting, em novembro de 2024, somou 17 derrotas, 12 empates e apenas 17 vitórias.
"Eu seria pró-Amorim. Eu gosto daquilo que estou a ouvir e daquilo que estou a ver. Eu gostaria de ver progressos mais rápidos, e não estou com isto a dizer que ele está isento de qualquer crítica, de todo. Eu esperava que eles estivessem a jogar melhor, mais rapidamente", começou por afirmar o antigo internacional inglês.
"O Manchester United queimou tantos grandes treinadores que as pessoas precisam de perceber que o problema não são os treinadores. Há algo mais profundamente enraizado no seio do clube. Os jogadores, o 'staff', os proprietários, o treinador... Tudo aquilo tem de crescer e melhorar", prosseguiu.
"Isso vai demorar um pouco de tempo. Mudar de treinador a cada dois minutos vai atrasá-los, em vez de os fazer andar em frente. Por isso, eu ficaria com ele. Absolutamente. Ele tem a cabeça certa sobre os ombros. Vai demorar tempo, mas penso que ele vai acertar, no futuro", completou.
Taça da Liga foi um 'acidente de percurso'?
O antigo Bola de Ouro, que se destacou ao serviço de clubes como Manchester United, Liverpool ou Newcastle, desvalorizou, ainda, o arranque de temporada 'aos soluços' por parte dos red devils, cujo ponto mais baixo foi atingido na segunda ronda da Taça da Liga, da qual foram eliminados, pelo Grimsby, do quarto escalão do futebol inglês, no desempate por grandes penalidades.
"O Grimsby Town foi bastante mau, não foi? Mas, à margem disso, penso que tem sido um arranque suficientemente sólido. Foram a melhor equipa contra o Arsenal, empataram fora com o Fulham e bateram o Burnley. Feitas as contas, são resultados razoavelmente positivos", refletiu.
"Ouçam, não estou a dizer que tem sido ótimo, mas quatro pontos em três jogos não é a pior coisa do mundo. Não é o pior arranque. O jogo com o Grimsby foi letal. Aquilo, simplesmente, não foi bonito, de todo. Aquilo foi algo que, obviamente, o clube não precisava, de todo", acrescentou o agora comentador desportivo.
"No entanto, eu gosto de algumas das contratações que eles fizeram, e penso que serão uma equipa melhor, este ano. Penso que vai haver um progresso. Vai ser um progresso lento, mas eles parecem ter avançado por alguns jogadores de provas dadas no mercado, este ano e esta temporada", rematou.
As palavras de Michael Owen serão colocadas à prova já no próximo domingo, pelas 16h30 (hora de Portugal Continental), quando o Manchester United se deslocar ao Etihad Stadium, para defrontar o eterno rival, o Manchester City, no tão aguardado dérbi da quarta jornada da Premier League.
Curiosamente, os homens de Ruben Amorim até se encontram, neste momento, à frente dos de Pep Guardiola, na tabela do principal escalão do futebol inglês, com um ponto de vantagem.
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