EUA pedem intervenção da China para impedir fecho de Estreito de Ormuz

O parlamento do Irão pediu o encerramento da via navegável, localizada entre o Golfo de Omã, que é crucial para o comércio global de hidrocarboneto. EUA pedem intervenção da China "porque dependem fortemente do Estreito de Ormuz para o seu petróleo".

Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio,

© Celal Gunes/Anadolu via Getty Images

Lusa
23/06/2025 08:17 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O Secretário de Estado norte-americano pediu a intervenção da China para impedir o Irão de fechar o Estreito de Ormuz, crucial para o comércio global de hidrocarboneto, medida que Teerão está a considerar após o ataque dos EUA.

 

"Encorajo o Governo chinês em Pequim a intervir, porque dependem fortemente do Estreito de Ormuz para o seu petróleo", disse Marco Rubio em entrevista à Fox News no domingo à noite.

O Parlamento iraniano solicitou o encerramento da via navegável, localizada entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico e que canaliza cerca de 20% das exportações mundiais de petróleo e gás por via marítima, uma decisão que deverá ser aprovada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional.

"Se o fizerem, será outro erro terrível. Seria um suicídio económico para eles [China]", disse Rubio, acrescentando que a medida representaria uma "escalada maciça" do conflito, para a qual a Casa Branca "tem respostas devastadoras disponíveis".

"O que acontecer daqui para a frente depende do que fizerem", alertou.

Parlamento de Teerão recomenda fecho do Estreito de Ormuz

Parlamento de Teerão recomenda fecho do Estreito de Ormuz

O Estreito de Ormuz é um dos pontos estratégicos mais importantes do mundo, pelo qual passam cerca de 20% do petróleo mundial e uma parte significativa do gás natural, de modo que qualquer bloqueio terá um enorme impacto económico, nomeadamente na Europa.

Lusa | 15:45 - 22/06/2025

O encerramento do Estreito de Ormuz afetaria particularmente a China, parceira do Irão e o maior importador de crude iraniano.

Os dois países assinaram um acordo de cooperação económica em 2021 que inclui um investimento chinês nos setores da energia e das infraestruturas do Irão.

A Arábia Saudita, o Irão, o Iraque e os Emirados Árabes Unidos, que estavam entre os principais fornecedores de crude para a China em 2024, enviam grande parte da sua carga através desta passagem estratégica.

Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.

O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.

Os ataques de Telavive destruíram infraestruturas nucleares do Irão e mataram altos comandos militares e cientistas iranianos que trabalhavam no programa nuclear.

Teerão tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas e várias instalações militares espalhadas pelo país.

Na noite de sábado para domingo os Estados Unidos envolveram-se militarmente no conflito, com recurso a aviões bombardeiros B-2, que, segundo o Pentágono (Departamento de Defesa), conseguiram "eliminar" as ambições nucleares do Irão.

Leia Também: AO MINUTO: EUA pedem "vigilância redobrada"; Irão promete "resposta"

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