O Secretário de Estado norte-americano pediu a intervenção da China para impedir o Irão de fechar o Estreito de Ormuz, crucial para o comércio global de hidrocarboneto, medida que Teerão está a considerar após o ataque dos EUA.
"Encorajo o Governo chinês em Pequim a intervir, porque dependem fortemente do Estreito de Ormuz para o seu petróleo", disse Marco Rubio em entrevista à Fox News no domingo à noite.
O Parlamento iraniano solicitou o encerramento da via navegável, localizada entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico e que canaliza cerca de 20% das exportações mundiais de petróleo e gás por via marítima, uma decisão que deverá ser aprovada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional.
"Se o fizerem, será outro erro terrível. Seria um suicídio económico para eles [China]", disse Rubio, acrescentando que a medida representaria uma "escalada maciça" do conflito, para a qual a Casa Branca "tem respostas devastadoras disponíveis".
"O que acontecer daqui para a frente depende do que fizerem", alertou.
O encerramento do Estreito de Ormuz afetaria particularmente a China, parceira do Irão e o maior importador de crude iraniano.
Os dois países assinaram um acordo de cooperação económica em 2021 que inclui um investimento chinês nos setores da energia e das infraestruturas do Irão.
A Arábia Saudita, o Irão, o Iraque e os Emirados Árabes Unidos, que estavam entre os principais fornecedores de crude para a China em 2024, enviam grande parte da sua carga através desta passagem estratégica.
Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.
O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.
Os ataques de Telavive destruíram infraestruturas nucleares do Irão e mataram altos comandos militares e cientistas iranianos que trabalhavam no programa nuclear.
Teerão tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas e várias instalações militares espalhadas pelo país.
Na noite de sábado para domingo os Estados Unidos envolveram-se militarmente no conflito, com recurso a aviões bombardeiros B-2, que, segundo o Pentágono (Departamento de Defesa), conseguiram "eliminar" as ambições nucleares do Irão.
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