O regime militar no poder no Níger mantém fechada há quase dois anos a ponte que atravessa o rio Níger, única fronteira terrestre entre os dois países e acusa o Benim de abrigar "bases militares francesas", que estariam a treinar extremistas islâmicos com o objetivo de desestabilizar o seu país, o que Cotonou nega.
Diariamente a passagem continua a ser feita, apenas, por via fluvial para passageiros e mercadorias.
"Houve 13 mortos", disse um morador de Gaya, cidade fronteiriça do lado do Níger, um número fatal confirmado pelo jornal 'online' "Le Témoin de l'Histoire", que afirma que as buscas estão em curso "para tentar encontrar possíveis desaparecidos".
"A piroga transportava principalmente nigerianos e virou-se entre Gaya, no Níger, e a cidade de Malanville [Benim]", disse à AFP outro morador nigeriano, que mencionou "dezenas de mortos".
As circunstâncias do acidente ainda são desconhecidas, mas este tipo de tragédia não é inédito neste longo rio, atravessado por pirogas frequentemente sobrecarregadas.
Em agosto de 2023, dois dos seis ocupantes nigerianos e beninenses de uma piroga perderam a vida num naufrágio.
Em fevereiro de 2019, pelo menos 43 pessoas, incluindo crianças, morreram em outro naufrágio de uma embarcação, que transportava cereais e cerca de 100 comerciantes.
Em outubro de 2017, pelo menos 17 pessoas morreram afogadas e 26 desapareceram quando o barco naufragou entre o Níger e a Nigéria.
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