O porta-voz militar dos rebeldes iemenitas, Yahya Sarea, indicou que a "operação militar de alta qualidade", pelo segundo dia consecutivo, também visou "um alvo crucial em Dimona", no sul de Israel, sem pormenorizar, de acordo com um comunicado.
A cerca de 10 quilómetros de Dimona encontra-se um importante centro de investigação nuclear.
"A operação atingiu os objetivos com sucesso", comemorou Sarea, que divulgou o comunicado horas depois de o exército israelita ter anunciado que tinha intercetado três drones lançados do Iémen contra o seu território.
Os alarmes antiaéreos israelitas foram acionados devido aos lançamentos, disse o exército israelita, que indicou que dois dos drones foram intercetados na zona de Arava e o terceiro sobre o deserto do Negev.
No entanto, Sarea felicitou os combatentes do movimento xiita, apoiado pelo Irão, e afirmou que estes ataques "demonstram a fragilidade das medidas de segurança do inimigo [Israel], por mais rigorosas que sejam".
As interceções ocorreram um dia depois de rebeldes do Iémen terem lançado quatro drones, um dos quais atingiu o Aeroporto Ramon, na cidade de Eilat, no sul do país, deixando-o fora de serviço por menos de duas horas.
Os hutis lançam frequentemente drones e mísseis contra território israelita no que descrevem como um "gesto de solidariedade" com os palestinianos sob ataque na Faixa de Gaza, embora a grande maioria destes ataques seja intercetada sem causar vítimas ou danos.
Israel, por sua vez, bombardeou várias vezes Sana, bem como outras zonas sob controlo dos rebeldes hutis. Num dos últimos ataques, assassinou o primeiro-ministro huti, Ahmed al Rahawi, e 11 membros do executivo.
Os hutis, que controlam Sana e outras zonas do norte e oeste do país desde 2015, lançaram vários ataques contra o território de Israel e contra navios com algum tipo de ligação a Israel, na sequência da ofensiva desencadeada contra Gaza após os ataques perpetrados a 07 de outubro de 2023 pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas.
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