"Estamos chocados com os trágicos acontecimentos de hoje [quarta-feira]" é a mensagem que surge quando abrimos a página da Universidade de Utah Valley (UVU, na sigla em inglês), onde o ativista conservador Charlie Kirk foi ontem baleado, durante um evento.
A universidade anunciou também o "encerramento do campus até 15 de setembro de 2025", frisando que a investigação está ainda "em andamento".
"Em nome da Universidade Utah Valley, estamos chocados e tristes com o trágico falecimento de Charlie Kirk, um hóspede do nosso campus. Nossos corações estão com sua família", lê-se ainda na página da UVU.
A universidade destaca que todas as aulas (presenciais ou virtuais), eventos no campus e operações administrativas estão suspensos até à próxima semana e avisa os estudantes que possam ter deixado "pertences essenciais" no edifício que poderão recolhê-los esta quinta ou sexta-feira num determinado horário e local.
A instituição disponibilizou ainda alguns contactos para apoio psicológico a alunos, docentes e funcionários.
Entretanto, uma multidão juntou-se em frente ao Hospital Regional de Timpanogos, com bandeiras dos Estados Unidos, depositando velas e ramos de flores, conforme relata a Associated Press.
Também as imagens da universidade divulgadas pelas agências noticiosas mostram ramos de flores deixados no local. Veja na galeria acima.
O que se sabe sobre a morte do ativista Charlie Kirk?
O ativista conservador, voz de um podcast influente e porta-voz da juventude pró-Trump, foi morto esta quarta-feira durante uma reunião pública numa universidade em Utah.
Um suspeito chegou a ser detido pelo FBI, mas acabou por ser libertado após interrogatório. Agora, não há ninguém detido no âmbito do caso e as autoridades estarão concentradas na procura de uma nova "pessoa de interesse", de acordo a Associated Press.
Co-fundador e CEO da organização juvenil Turning Point USA, Kirk, de 31 anos, foi baleado num evento na Universidade de Utah Valley, tal como a polícia anunciou na altura.
"Todos nós devemos rezar pelo Charlie Kirk, que foi baleado. Um grande tipo, de cima a baixo. DEUS O ABENÇOE!", escreveu então o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump na sua rede social.
Entretanto, Donald Trump acusou os discursos da "esquerda radical" de terem contribuído para o assassinato de Charlie Kirk, que qualificou de "mártir da verdade e da liberdade".
"Há anos que a esquerda radical compara americanos formidáveis como Charlie aos nazis e aos piores criminosos e assassinos em massa do mundo. Este tipo de retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que vivemos hoje no nosso país, e isso tem de parar imediatamente", acusou o presidente norte-americano num vídeo publicado na sua rede social Truth Social.
"A minha administração irá encontrar todos aqueles que contribuíram para esta atrocidade e para qualquer outra violência política, incluindo as organizações que os financiam e apoiam", afirmou.
Apreciador de debates oratórios com estudantes, Kirk organizava um evento no campus da Utah Valley University, no oeste do país, quando foi alvejado, segundo a CNN e a Fox News.
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