Marcelo diz-se "emocionado" na festa da independência de Moçambique

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se hoje "emocionado" à chegada ao Estádio da Machava, Maputo, para assistir às comemorações dos 50 anos da independência de Moçambique, apontando à mensagem de "futuro" do país africano.

Mozambique: 50th Independence day

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Lusa
25/06/2025 10:26 ‧ há 6 horas por Lusa

País

Moçambique

"Muito emocionado, foi uma cerimónia muito bonita, a homenagem da manhã. E agora vai ser muito popular e muito bonita também", disse Marcelo Rebelo de Sousa, questionado pela Lusa à chegada ao estádio, cerca das 10h30 locais (09h30 em Lisboa), depois de ter participado, no centro de Maputo, na deposição de uma coroa de flores no monumento aos heróis moçambicanos.

 

"É um grande momento para Moçambique e para Portugal. E eu estou muito, muito feliz, porque é uma mensagem de futuro. Cerimónia de homenagem ao passado de manhã e agora é futuro", acrescentou o chefe de Estado português.

Centenas de pessoas concentram-se desde as primeiras horas na envolvente do Estádio da Machava, local onde há em 1975 foi proclamada a independência de Moçambique e que recebe hoje as comemorações dos 50.º aniversário.

No estádio, reabilitado nos últimos meses para receber as cerimónias de hoje, ultimam-se desde o nascer do dia os últimos preparativos, da limpeza à decoração das estruturas, enquanto a população começou a tomar a mais de três horas do início do programa oficial.

"É o dia da nossa festa", contam os populares, que começam a tomar lugar num dos topos do estádio, enquanto no exterior dezenas de barracas vendem comida, preparada durante toda a noite, bem como produtos tradicionais.

No local há um reforço de segurança, mas sem registo de agitação ou incidentes.

Moçambique celebra hoje os 50 anos de independência, com a cerimónia principal, em Maputo, dirigida pelo Presidente da República, Daniel Chapo, e com a presença anunciada de 32 chefes de Estado, incluindo o de Portugal e da Guiné-Bissau, Sissoco Embalo.

Participam na cerimónia igualmente os antigos Presidentes moçambicanos Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusi.

As cerimónias centrais decorrem no histórico Estádio da Machava, na capital moçambicana, local onde o primeiro Presidente do país, Samora Machel, proclamou a independência às primeiras horas de 25 de junho de 1975, após uma luta contra o regime colonial português que começou em 25 de setembro de 1964.

Além do discurso oficial do Presidente da República, a cerimónia inclui desfiles militares, momentos culturais, uma mensagem dos representantes dos cidadãos que completam 50 anos de idade (mesmo período da independência) e uma intervenção do líder do Podemos, enquanto maior partido da oposição.

São esperadas pelo menos 40.000 pessoas no estádio da Machava, que tem capacidade oficial para 45.000 pessoas, num evento marcado também pela chegada da chama da unidade, depois de percorrer todo o país, desde 07 de abril. A chama será utilizada nesse momento, pelo chefe de Estado, para acender a pira do estádio.

À chegada a Maputo, ao início da noite de terça-feira, o Presidente da República português disse ver Moçambique a "olhar para o futuro", após a agitação pós-eleitoral, comemorando 50 anos de independência, e anunciou que receberá o homólogo moçambicano em Lisboa em 03 de julho.

"Satisfeito por ver um país que está a olhar para o futuro, que olha para o futuro com um clima que quer que seja de desenvolvimento económico e social, de desenvolvimento financeiro, de progresso, de Justiça e, portanto, naturalmente, também de estabilidade política e institucional", disse o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa questionado pela Lusa, à chegada a Maputo, sobre a pacificação que se vive em Moçambique, desde março, após cinco meses de agitação pós-eleitoral que provocou cerca de 400 mortos.

Leia Também: Independências: Marcelo vê um "futuro de esperança" em Moçambique

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