Miguel Oliveira voltou a pontuar no Grande Prémio de Itália, a contar para o Campeonato do Mundo de motociclismo MotoGP. Na corrida deste domingo em Mugello, o português cortou a meta na 13.ª posição.
Depois de arrancar do 17.º lugar na grelha de partida, o homem da Pramac Yamaha começou cedo a recuperar - já no fim da primeira volta era 15.º e nunca saiu dos lugares pontuáveis.
Uma ultrapassagem a Fabio Quartararo, da equipa de fábrica da Yamaha, na derradeira volta, valeu o 13.º posto a Oliveira - que foi, também, o melhor dos quatro pilotos do construtor de Iwata.
No entanto, ficou a 26,123 segundos do vencedor, Marc Márquez (Ducati) - o que não deixou o piloto de Almada satisfeito, como admitiu em comunicado da Pramac Yamaha: "Ser o primeiro da Yamaha na meta torna isto um pouco menos desapontante, mas, honestamente, o resultado e a distância para a dianteira - 26 segundos - é o que realmente importa. E é demasiado".
Sem fechar os olhos ao desempenho deficitário, Oliveira continuou: "Faltou-nos desempenho, faltou-nos ritmo e gerir as vibrações da moto foi complicado. O calor e a dificuldade de ultrapassar tornou as coisas quase impossíveis. Só manter-me com o grupo na frente significou levar os pneus ao limite, sem hipóteses de gerir algo. Foi uma corrida dura, mas é o que é. Iremos analisar tudo e almejamos melhorar para Assen".
A vitória foi de Marc Márquez, que bateu o irmão Álex (Gresini), sendo Fabio Di Giannantonio (VR46) terceiro. Significa isto que, mais uma vez, a Ducati monopolizou o pódio, onde não esteve o bicampeão de MotoGP Francesco Bagnaia - o piloto oficial da Ducati cortou a meta no quarto lugar.
A Yamaha apresentou-se em Mugello com atualizações a vários níveis na sua moto, desde a eletrónica ao motor, passando pela aerodinâmica. Porém, a YZR-M1 esteve longe de ter o rendimento esperado com estas novidades.
Com mais três pontos amealhados, Oliveira soma agora um total de seis pontos no Campeonato do Mundo. O piloto manteve o 23.º lugar que tinha na classificação antes desta nona ronda da temporada, mas igualou o rival imediatamente à frente (Raúl Fernández, da Trackhouse/Aprilia). Pela primeira vez em 2025, Oliveira conseguiu pontuar em dois Grandes Prémios seguidos.
Em pouco menos de um mês, o campeonato chegará à pausa de verão, mas até lá existirão mais três provas - nos Países Baixos, na Alemanha e na Chéquia.
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