Netanyahu diz ter informações "interessantes" sobre urânio enriquecido

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou no domingo ter informações "interessantes" sobre a localização de 400 quilos de urânio enriquecido a 60%, após especulações sobre a ocultação deste material radioativo antes dos bombardeamentos norte-americanos contra instalações nucleares iranianas.

benjamin netanyahu

© NICHOLAS KAMM/AFP via Getty Images

Lusa
23/06/2025 07:04 ‧ há 9 horas por Lusa

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Médio Oriente

Referindo que obviamente não partilhava as suas informações, o chefe do Governo de Israel justificou, em conferência de imprensa, que precisava agir depois de a República Islâmica ter acelerado a sua busca por uma bomba nuclear, no seguimento do assassínio do antigo líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, aliado de Teerão, num ataque israelita em Beirute, em setembro de 2024.

 

Além das suas ambições nucleares, segundo Netanyahu, o Irão planeava fabricar 300 mísseis balísticos por mês, uma informação que disse ter partilhado com o Presidente norte-americano, Donald Trump.

"Eu disse-lhe que precisávamos de agir, e ele compreendeu perfeitamente. Sabia que, quando chegasse a altura, faria a coisa certa. Faria a coisa certa pela América. Faria a coisa certa pelo mundo livre. Faria a coisa certa pela civilização", comentou.

O líder israelita, que falava após os ataques dos Estados Unidos na madrugada de domingo no Irão, que se seguiram ao início da ofensiva de Israel em 13 de junho, alegou que os bombardeiros norte-americanos causaram "danos gravíssimos" nas instalações nucleares de Fordow.

"Estamos a eliminar a ameaça", assinalou, afastando a possibilidade de este ser o início de uma "guerra de atrito", embora indique que não vai ser parada até que Telavive atinja os seus objetivos.

No plano político, Netanyahu destacou que a ofensiva no Irão levará a uma expansão dos Acordos de Abraão, que visam a normalização das relações de Israel com o mundo árabe.

"Estão a abrir-se oportunidades extraordinárias, oportunidades que nem sequer poderíamos imaginar", declarou o líder israelita, vaticinando "uma enorme expansão dos acordos de paz" e relações que "agora parecem uma fantasia" em direção a "um futuro brilhante de segurança, prosperidade, esperança e também paz".

Nas suas declarações de domingo, o primeiro-ministro israelita alegou que o seu país "ficou mais perto" dos objetivos que traçou para o Irão, após os bombardeamentos da aviação norte-americana.

"Já conquistámos muito e, graças ao Presidente Trump, estamos mais perto de atingir os nossos objetivos", declarou.

Netanyahu disse que um dia contará as conversas com Trump, que designou como seu amigo, com "detalhes muito interessantes" e que, a par dos dois serviços de informações (norte-americano e israelita), resultaram em "golpes muito duros" para o Irão.

Israel indicou ainda que concluiu os seus ataques contra "todas as bases iranianas" usadas para lançamento de mísseis contra o seu território.

Aviões norte-americanos bombardearam na madrugada de domingo três instalações nucleares no Irão, juntando-se à ofensiva lançada por Israel em 13 de junho, justificada pela criação iminente de uma bomba nuclear, o que é refutado por Teerão.

Poucas horas depois, o Irão lançou cerca de 40 mísseis contra Israel, acusando os Estados Unidos de destruir as possibilidades de uma solução diplomática para a questão nuclear.

No domingo, em conferência de imprensa no Pentágono, o secretário da Defesa norte-americano comentou que os Estados Unidos "não pretendem entrar em guerra" com o Irão, mas avisou que vão agir "rápida e decisivamente" caso os seus interesses sejam ameaçados por Teerão como forma de retaliação.

Leia Também: Austrália e Japão apoiam EUA após ataque a instalações nucleares do Irão

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