Papa Leão XIV critica a "falsa propaganda do rearmamento"

O Papa afirmou que "a falsa propaganda de rearmamento cria a vã ilusão de que a supremacia resolve os problemas ao alimentar o ódio e a vingança".

Papa Leão XIV, Bispo de Roma

© Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images

Lusa
26/06/2025 10:51 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Papa Leão XIV

O Papa Leão XIV criticou hoje a "falsa propaganda" do rearmamento durante um discurso aos participantes da assembleia plenária da Reunião das Agências de Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO), na Cidade do Vaticano.

 

O Papa afirmou que "a falsa propaganda de rearmamento cria a vã ilusão de que a supremacia resolve os problemas ao alimentar o ódio e a vingança".

"O meu coração sangra quando penso na Ucrânia, na situação trágica e desumana em Gaza e no Médio Oriente, devastado pela expansão da guerra", disse o Papa, apontando que "a força do direito internacional e do direito humanitário já não parece vinculativa, substituída pelo suposto direito de obrigar os outros pela força".

"Isto é indigno da humanidade, vergonhoso para a humanidade e para os responsáveis destas nações. Como se pode acreditar, depois de séculos de história, que as guerras trazem a paz e que não se voltam contra aqueles que as travam? Como se pode pensar em lançar as bases para o amanhã sem coesão, sem uma visão global impulsionada pelo bem comum?", questionou.

Leão XIV acrescentou que "as pessoas desconhecem cada vez mais a quantidade de dinheiro que acaba nos bolsos dos mercadores da morte, com o qual se poderiam construir hospitais e escolas, e, em vez disso, os já construídos são destruídos".

O Papa enfatizou ainda que "a violência da guerra parece estar a devastar os territórios do Oriente cristão com uma veemência diabólica nunca antes vista".

"Nós, toda a humanidade, somos chamados a avaliar as causas destes conflitos, a verificar as verdadeiras causas e as tentar ultrapassar, rejeitando as falsas, fruto de simulações emocionais e retóricas, expondo-as decisivamente", acrescentou.

O Papa encorajou os cristãos, "além de se indignarem, a levantarem a voz", a "arregaçarem as mangas" para serem "construtores de paz e promoverem o diálogo".

"Cabe-nos, a nós, transformar cada notícia e imagem trágica que nos impacta num grito de intercessão a Deus. E depois ajudar, como vocês fazem e como muitos fazem", acrescentou o Papa, referindo-se aos membros da ROACO.

 

CSR // APN

Lusa/Fim

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