"Quero comunicar que iniciámos a reconstrução em Israel e vamos prestar ajuda financeira" àqueles que foram mandados sair de casas, disse David Mencer, numa conferência de imprensa virtual.
O porta-voz acrescentou que, durante a chamada "Guerra dos 12 Dias" entre Israel e o Irão, o regime dos 'ayatollahs' lançou mais de 500 mísseis balísticos contra território israelita, mas garantiu que 90% foram intercetados.
"Tivemos de pagar um preço elevado, sabemos disso. Eles atacaram os nossos civis, enquanto nós atacámos apenas alvos militares, nucleares e do regime iraniano", adiantou.
No entanto, no Irão, hospitais, edifícios residenciais, a prisão de Evin, onde são frequentemente mantidos dissidentes, e os estúdios da Corporação Pública de Radiodifusão do Irão (IRIB) também foram atacados.
Na quarta-feira, o Ministério da Saúde iraniano divulgou que o número de mortos nos ataques israelitas tinha subido para 627 e o de feridos para 4.870, a maioria dos quais em Teerão, sublinhando que entre as vítimas se contam "centenas de civis".
Em Israel, os bombardeamentos iranianos provocaram a morte a 28 pessoas e feriram mais de mil, a maioria das quais de forma ligeira, sobretudo devido aos impactos no centro do país ou na cidade de Bersheva, no sul.
Mencer também comentou as declarações do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, que afirmou hoje, no primeiro discurso televisivo após o cessar-fogo, "ter esmagado" Israel e desferido "uma forte bofetada" nos Estados Unidos.
"Afirmam sempre a vitória sobre nós, quando na realidade não é o caso. Isso não me surpreende", concluiu.
As hostilidades entre Telavive e Teerão começaram no dia 13 deste mês, com Israel a atacar instalações nucleares iranianas, atingindo comandantes militares e cientistas.
No dia 22, os Estados Unidos atacaram o Irão, bombardeando as instalações onde o país persa desenvolvia o programa nuclear com bombas 'anti-bunker', tendo Teerão atacado de seguida uma base norte-americana no Qatar.
Na terça-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um cessar-fogo entre os dois beligerantes, ainda em vigor apesar de acusações mútuas de violação da trégua.
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