"É claro para todos que o principal objetivo do nosso partido, como força governante, é uma vitória incondicional nas eleições legislativas", declarou Medvedev, citado pela agência de notícias oficial TASS, numa reunião do Conselho Geral do partido.
Ao mesmo tempo, sublinhou que essa vitória "deve ser alcançada, naturalmente, da forma mais limpa e, se possível, conquistando a maioria constitucional", que corresponde a 301 assentos parlamentares.
Para cumprir os objetivos mencionados por Medvedev, são necessários "cerca de 26 milhões de votos nas eleições", disse, por sua vez, o secretário-geral do RU, Vladimir Yakushev.
Nas últimas legislativas, em 2021, o Partido Comunista não reconheceu os resultados da votação eletrónica em Moscovo e apelou para manifestações de protesto, que foram proibidas com o argumento de que estavam em vigor restrições sanitárias devido à pandemia de covid-19.
Essas eleições, nas quais o RU obteve pela primeira vez a maioria constitucional, foram duramente criticadas pela oposição russa e pelo Ocidente.
"O processo eleitoral não foi livre nem justo", declarou na altura o Departamento de Estado norte-americano, enquanto em Londres as eleições foram consideradas "um grande retrocesso para as liberdades democráticas na Rússia".
No discurso perante o Conselho Geral do Rússia Unida, Medvedev salientou que o trabalho para renovar as fileiras partidárias "avança a todo o vapor" e inclui a incorporação de veteranos da guerra na Ucrânia.
"O partido estará representado nas eleições de vários níveis por mais de 800 participantes na operação especial", indicou.
As legislativas do próximo ano serão as primeiras eleições na Rússia desde a morte do líder da oposição russa, Alexei Navalny, numa prisão de alta segurança no círculo polar Ártico.
Até ao momento, não se sabe se os russos vão ou não votar, no contexto da guerra russa na Ucrânia, iniciada com a invasão do país vizinho a 24 em fevereiro de 2022, tendo em conta que as negociações de paz não produziram ainda qualquer resultado.
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