Acordos com EUA para acolher requerentes de asilo? Dois países assinaram

A Guatemala e as Honduras assinaram acordos com os Estados Unidos para oferecer refúgio a pessoas de outros países que, de outra forma, procurariam asilo nos Estados Unidos, revelou hoje a secretária de Segurança Interna norte-americana, Kristi Noem.

Kristi Noem

© Anna Moneymaker/Getty Images

Lusa
26/06/2025 23:32 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Kristi Noem

Estes acordos alargam os esforços da administração liderada pelo republicano Donald Trump para dar flexibilidade ao Governo no regresso dos migrantes não só aos seus próprios países, mas também a países terceiros, ao mesmo tempo que tenta aumentar as deportações.

 

Ao concluir a viagem à América Central, Noem descreveu os acordos como uma forma de oferecer aos requerentes de asilo outras opções para além dos Estados Unidos.

A  secretária de Segurança Interna destacou que os acordos estavam a ser preparados há meses, com o governo norte-americano a pressionar as Honduras e a Guatemala para que fossem concretizados.

"Honduras e agora a Guatemala, depois de hoje, serão os países que acolherão estes indivíduos e também lhes concederão o estatuto de refugiados", frisou Noem.

Durante o primeiro mandato do Presidente norte-americano Donald Trump, os EUA assinaram acordos denominados acordos de terceiro país seguro com as Honduras, El Salvador e Guatemala.

Permitiram efetivamente que os EUA declarassem alguns requerentes de asilo inelegíveis para solicitar proteção norte-americana e autorizaram o Governo norte-americano a enviá-los para os países considerados seguros.

Os EUA têm um acordo deste tipo com o Canadá desde 2002.

O desafio prático era que os três países centro-americanos estavam, na altura, a registar um grande número dos seus cidadãos a ir para os EUA para escapar à violência e à falta de oportunidades económicas. Tinham também sistemas de asilo extremamente carentes de recursos.

Em fevereiro, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, assinou acordos com El Salvador e a Guatemala que permitiram aos EUA enviar para lá migrantes de outras nações.

Mas, no caso da Guatemala, o acordo deveria ser apenas um local de trânsito para os migrantes que regressariam às suas terras de origem, e não para pedir asilo. E em El Salvador, o acordo foi mais vasto, permitindo aos EUA enviar migrantes para aí serem presos.

A Presidente do México, Claudia Sheinbaum, sublinhou na terça-feira que o México não assinaria um terceiro acordo de país seguro, mas, ao mesmo tempo, o México aceitou mais de 5.000 migrantes de outros países deportados dos EUA desde que Trump assumiu o cargo.

Sheinbaum disse que o México os aceitou por razões humanitárias e ajudou-os a regressar aos seus países de origem.

Os EUA também têm acordos com o Panamá e a Costa Rica para receber migrantes de outros países, embora até agora os números enviados tenham sido relativamente pequenos.

A administração Trump enviou 299 para o Panamá em fevereiro e menos de 200 para a Costa Rica.

Os acordos dão opções às autoridades norte-americanas, especialmente aos migrantes de países onde não é fácil para os EUA devolvê-los diretamente.

Leia Também: Kristi Noem promete "continuar" com repressão da imigração nos EUA

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