Mais de 140 pessoas apresentam queixa contra Al Fayed por crimes sexuais

No total, 146 vítimas - homens e mulheres - denunciaram vários crimes sexuais alegadamente cometidos por Mohamed Al Fayed, antigo proprietário da loja de departamento de luxo Harrods e pai do último namorado da princesa Diana.

Mohamed Al Fayed, empresário, bilionário

© Luke MacGregor/Reuters

Notícias ao Minuto
13/08/2025 23:42 ‧ há 10 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Reino Unido

As autoridades britânicas revelaram, esta quarta-feira, que já receberam mais de 140 denúncias no âmbito da investigação sobre alegações de violência sexual contra o antigo proprietário da loja Harrods, Mohammed Al Fayed.

 

Segundo revelou a BBC, a informação foi divulgada pela Polícia Metropolitana num vídeo enviado às vítimas. No total, 146 vítimas, homens e mulheres, denunciaram vários crimes e outras pessoas também contactaram a polícia para prestar depoimento. 

A detetive Karen Khan explicou que a Polícia Metropolitana está a trabalhar com autoridades estrangeiras, mas reconheceu que era "difícil" dizer quando é que a investigação irá terminar, uma vez que há um grande número de vítimas. 

As alegações de crimes sexuais cometidos pelo pai do último namorado da princesa Diana, Dodi, surgiram num documentário da BBC, já após a sua morte, e revelaram a dimensão do comportamento predatório de Al Fayed.

No entanto, só após a transmissão do documentário é que a Polícia Metropolitana revelou que havia sido procurada por 21 mulheres antes da morte de Al Fayed. As vítimas denunciaram vários crimes sexuais, incluindo violação, agressão sexual e tráfico, mas o egípcio nunca foi acusado formalmente de nenhum crime.

No início do ano, a Polícia Metropolitana de Londres revelou que o Gabinete Independente de Conduta Policial (IOPC, sigla em inglês) estava a investigar duas queixas sobre a forma como se lidou com as alegações de violência sexual. 

Já esta quarta-feira, a autoridade fez questão de afirmar que a forma como a força policial trabalha "evoluiu imensamente" e as "equipas transformaram a forma" são investigadas "violações e crimes sexuais".

"Estamos a trabalhar com parceiros em todo o sistema de justiça criminal para garantir que as vítimas sobreviventes estejam no centro da nossa resposta, com um maior foco nos suspeitos e nos seus crimes", disse.

"Continuamos a apoiar todas as vítimas e exortamos qualquer pessoa com informações, quer tenha sido diretamente afetada pelas ações de Mohamed Al Fayed, quer tenha conhecimento de outras pessoas que possam ter estado envolvidas ou cometido crimes, a apresentar-se", acrescentou.

Sublinhe-se que, em outubro, a Polícia Metropolitana revelou ter recebido 61 denúncias. Agora, o número mais do que duplicou: 146.

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A Harrods revelou também que mais de 100 vítimas de abuso de Al Fayed, que foi proprietário da loja de departamento de luxo entre 1985 e 2010, aderiram ao seu programa de compensação, em julho.

A loja começou a emitir compensações no final de abril e o programa permanece aberto para novas inscrições até 31 de março de 2026. Os candidatos elegíveis podem receber até 385.000 libras (cerca de 446 mil euros) de indemnização.

Já o grupo "Justiça para Sobreviventes do Harrods" disse ter sido contactado por mais de 420 pessoas, vítimas, mas também testemunhas, sobre factos relativos principalmente à loja de departamentos, bem como ao clube de futebol Fulham, ao hotel Ritz em Paris e outros locais.

Em abril, foi também revelado que a diretora-executiva da Harrods terá recrutado várias jovens para satisfazer os desejos sexuais de Al Fayed, nas décadas de 90 e 2000.

Mohamed Al Fayed morreu em agosto de 2023, aos 94 anos.

Leia Também: Adolescentes apedrejam homem de 49 anos até à morte no Reino Unido

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