"A França insta Israel a abandonar este projeto, que constitui uma grave violação do Direito internacional. A sua implementação dividiria a Cisjordânia em duas e comprometeria seriamente a solução de dois Estados, a única capaz de garantir uma paz e segurança duradouras", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, em comunicado.
Paris reiterou ainda que condena "a colonização e todas as tensões e violências que ela gera".
O Governo francês garantiu que continuará a mobilizar-se, juntamente com os parceiros europeus, para aumentar a pressão sobre Israel, "com o objetivo de pôr fim à colonização, incluindo novas sanções contra os indivíduos e entidades responsáveis".
Na quinta-feira, a Administração Civil da Cisjordânia de Israel (um órgão governamental no território ocupado) deu luz verde a um plano de construção num vasto terreno a leste de Jerusalém, E1, que ajudará a isolar a cidade dos territórios palestinianos.
Isto facilitará a colonização do enclave, que também ocorreria em plena ofensiva na Faixa de Gaza.
O plano passa pela construção de até 3.410 casas em terrenos habitados por diversas comunidades beduínas palestinianas.
A decisão foi anunciada pelo ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, que adiantou que o plano "'enterra' finalmente a ideia de um Estado palestiniano, porque não há nada a ser reconhecido e ninguém para ser reconhecido".
O Governo francês vai reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro.
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