"Hoje, o representante especial do presidente [Donald] Trump, o general Keith Kellogg, está na Ucrânia", declarou Zelensky na praça da Independência, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Kellogg recebeu a Ordem do Mérito do líder ucraniano durante a cerimónia na presença do primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, e de outros funcionários ocidentais.
"Juntos, os ucranianos e os nossos parceiros, esforçamo-nos por levar a Rússia à paz", declarou Zelensky durante a cerimónia.
Enquanto decorriam as celebrações, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, acusou os países ocidentais de "procurarem um pretexto para impedir as negociações" de paz, numa entrevista à televisão pública Rossya.
Lavrov também criticou a posição de Zelensky, que "teima, impõe condições e exige, a qualquer custo, um encontro imediato" com o homólogo russo, Vladimir Putin.
Disse também que as ameaças de novas sanções se não houver negociações são "uma tentativa de violar o processo iniciado pelos presidentes Putin e Trump, que trouxe resultados muito bons".
Os esforços de mediação de Trump culminaram com uma cimeira com Putin, em 15 de agosto, no Alasca, e com um encontro em Washington, três dias depois, com Zelensky e os aliados europeus da Ucrânia.
Apesar dos contactos, as posições dos dois campos parecem ainda irreconciliáveis.
A Rússia lançou uma ofensiva militar em grande escala na Ucrânia em fevereiro de 2022 e controla atualmente cerca de 20% do país vizinho, incluindo a Crimeia, península anexada em 2014.
Kyiv recusa fazer concessões territoriais em eventuais negociações de paz e exige que sejam retomadas as fronteiras originais de 1991, quando se tornou independente, há 34 anos.
Enquanto Moscovo e Kyiv se acusam mutuamente de bloquear a organização de uma eventual reunião entre os respetivos líderes, Trump disse na sexta-feira que decidirá em duas semanas uma posição sobre o conflito.
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