Wayne Rooney defendeu, esta segunda-feira, no seu podcast, intitulado 'The Wayne Rooney Show', que o Manchester United deve pensar seriamente na possibilidade de avançar para a aquisição de Gianluigi Donnarumma, jogador que perdeu espaço nos planos de Luis Enrique para o Paris Saint-Germain, sobretudo, com a contratação de Lucas Chevalier, ao Lille, a troco de 40 milhões de euros.
"Ele só tem 26 anos de idade e é um dos melhores guarda-redes do mundo. Eu volto atrás, ao tempo em que tínhamos Roy Carroll e Tim Howard na baliza, e eu acho que não havia 100% de confiança nele por parte dos defesas. Van der Sar chegou e serenou tudo, pelo que os defesas passaram a confiar um pouco mais nele", começou por afirmar.
"Onana chegou, e é um guarda-redes fantástico, mas, certamente, não nos encheu de confiança, na passada temporada. Donnarumma é um dos melhores guarda-redes do mundo, e seria de loucos se o Manchester United não tentasse contratá-lo", acrescentou.
A tomada de posição por parte de Wayne Rooney surge menos de 24 horas depois de os red devils terem saído derrotados daquele que era o encontro mais aguardado de toda a jornada inaugural da Premier League, perante o Arsenal, em pleno Old Trafford, por 0-1.
O jogo ficou marcado pelo polémico golo assinado por Riccardo Calafiori, que está a dividir a opinião pública, entre aqueles que consideram que Altay Bayindir foi mal batido e aqueles que entendem que foi impedido, por William Saliba, de sair em condições ao pontapé de canto cobrado por Martin Odegaard.
Ruben Amorim está "satisfeito"
Quem parece não concordar, de todo, com a opinião de Wayne Rooney é... o próprio treinador do Manchester United, Ruben Amorim, que, na conferência de imprensa que se seguiu ao apito final, garantir estar "satisfeito com os três guarda-redes" que tem ao dispor, André Onana, Altay Bayindir e Tom Heaton.
"Podem ver o golo. É permitido fazer muitas coisas, nos cantos, e nós temos de fazer o mesmo, mas quando se toca daquela maneira no guarda-redes... Ele tem de usar as mãos para apanhar a bola, não para empurrar jogadores. Ou então, opta por empurrar jogadores e deixa a bola passar. Mas são as regras. Se isto é permitido, temos de fazer a mesma coisa", começou por afirmar", atirou.
"Ou escolhe empurrar um jogador, ou agarrar a bola, naquele momento. Escolheu agarrar a bola, mas estava a ser empurrado, por isso, não pôde defender-se. É essa a minha sensação, quando vejo a jogada, mas temos de fazer a mesma coisa", acrescentou.
O ex-timoneiro do Sporting recusou, de seguida, comparar este lance com aquele protagonizado por Altay Bayindir, na passada temporada, na derrota perante o Tottenham, por 4-3, que ditou a eliminação dos quartos de final da Taça da Liga: "Isso foi sem VAR. Com VAR, é falta".
"E, depois, o que aconteceu no jogo seguinte? O que é que aconteceu no jogo seguinte? Contra o Arsenal, quem é que defendeu o penálti? Quem é que defendeu durante todo o jogo? Vocês não se lembram do jogo, mas eu lembro-me. O Altay foi inacreditável, nesse jogo. Tenho tudo em consideração, quando opto por um ou por outro, e escolhi o Altay", rematou.
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