A China anunciou hoje restrições contra dois bancos da União Europeia, em resposta a sanções comunitárias pela guerra na Ucrânia que, no mês passado, visaram pela primeira vez duas pequenas instituições financeiras chinesas próximas da fronteira com a Rússia.
A medida entra em vigor de imediato e aplica-se ao UAB Urbo Bankas e ao AB Mano Bankas, ambos com sede na Lituânia.
Num comunicado, o Ministério do Comércio chinês explicou que a decisão surge após a inclusão, em 18 de julho, de duas instituições financeiras chinesas na lista de sanções do 18.º pacote de medidas restritivas adotado pela UE no contexto do conflito na Ucrânia.
Segundo a mesma nota, Pequim considera que as sanções europeias "violam gravemente" o direito internacional e os princípios básicos das relações internacionais e "prejudicam" os direitos e interesses legítimos de empresas chinesas.
As contramedidas incluem a proibição a organizações e particulares em território chinês de realizar transações, cooperação ou outras atividades relacionadas com os dois bancos europeus visados.
Em julho, a UE aprovou um novo pacote de sanções no âmbito da guerra na Ucrânia que, entre outras disposições, incluiu pela primeira vez na lista de medidas restritivas dois bancos chineses de pequena dimensão: o Banco Rural Comercial de Suifenhe e o Banco Rural Comercial de Heihe, ambos situados em zonas próximas da fronteira com a Rússia.
Bruxelas justificou então a decisão alegando que estas entidades teriam frustrado o objetivo das sanções europeias contra Moscovo.
Desde o início do conflito na Ucrânia, Pequim tem adotado uma posição ambígua, apelando ao diálogo entre as partes, mas sem condenar expressamente a invasão russa nem aderir às sanções impostas pelo Ocidente, ao mesmo tempo que aprofundou os intercâmbios com Moscovo.
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