Paquistão critica Trump por atacar Irão depois de o propor para Nobel

O Paquistão condenou o Presidente norte-americano, Donald Trump, por bombardear o Irão, menos de 24 horas depois de ter dito que merecia o Nobel da Paz por ter resolvido a recente crise com a Índia.

Pakistan's Prime Minister Shehbaz Sharif visits Tehran

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Lusa
23/06/2025 11:11 ‧ há 6 horas por Lusa

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Médio Oriente

O Paquistão condenou o Presidente norte-americano, Donald Trump, por bombardear o Irão, menos de 24 horas depois de ter dito que merecia o Nobel da Paz por ter resolvido a recente crise com a Índia.

 

As relações entre os dois países do sul da Ásia agravaram-se após um massacre de turistas na Caxemira indiana, em abril, com os dois países a atacarem-se até negociações lideradas por Washington terem resultado numa trégua atribuída a Trump.

Foi a "intervenção diplomática decisiva e liderança fulcral" de Trump que o Paquistão elogiou numa mensagem efusiva no sábado à noite, quando anunciou a recomendação formal para que recebesse o Prémio Nobel da Paz,

Menos de 24 horas depois, porém, condenou os Estados Unidos por terem atacado o Irão, afirmando que os ataques "constituíam uma grave violação do direito internacional" e dos estatutos da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA).

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, num telefonema no domingo com o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, manifestou a preocupação por os bombardeamentos terem visado instalações que estavam sob a salvaguarda da AIEA.

O Paquistão, que possui armas nucleares tal como a Índia, tem laços estreitos com o Irão e apoia os ataques contra Israel com o argumento de que Teerão tem o direito a defender-se, segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).

Islamabade não fez hoje qualquer comentário sobre a recomendação de Trump para o Nobel, que se seguiu a um almoço de alto nível na Casa Branca (presidência), na quinta-feira, entre o Presidente e o chefe do exército paquistanês, Asim Munir.

A reunião de quinta-feira, que durou mais de duas horas, contou também com a participação do chefe da diplomacia dos Estados Unidos, o secretário de Estado Marco Rubio, e do representante especial norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff.

De acordo com um comunicado militar paquistanês, houve uma troca de pontos de vista detalhada sobre as "tensões prevalecentes entre o Irão e Israel, com ambos os líderes a sublinharem a importância da resolução do conflito".

Enquanto o Paquistão se apressou a agradecer a Trump a intervenção na crise com a Índia, Nova Deli desvalorizou-a e disse que não havia necessidade de mediação externa na questão de Caxemira.

A região de Caxemira, nos Himalaias, está dividida entre o Paquistão e a Índia, mas é reivindicada por ambos na totalidade.

A Índia acusa o Paquistão de apoiar grupos militantes na região, o que o Paquistão nega.

Depois de Israel ter lançado uma ofensiva contra o Irão em 13 de junho, Trump ordenou um ataque norte-americano contra três instalações nucleares iranianas no domingo.

Leia Também: Presidente dos EUA sugere que apoia "mudança de regime" iraniano

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