"As Forças de Defesa de Israel concluíram a onda de ataques mais extensa que realizaram até à data em Teerão. Como parte da onda de ataques, 50 caças da Força Aérea lançaram mais de 100 projéteis e atacaram alvos militares do regime iraniano", declarou Defrin.
Da ofensiva israelita, o militar destacou os bombardeamentos que as Forças Armadas comunicaram ao longo do dia: à sede do Basij, grupo paramilitar dependente da Guarda Revolucionária, cujo quartel-general também foi um alvo; à prisão de Evin, que acolhe presos políticos, e às vias de acesso à central nuclear de Fordo.
A comparência de Defrin começou com vários minutos de atraso, durante os quais paralelamente se confirmava que o Irão tinha atacado bases militares dos Estados Unidos no Qatar.
Israel lançou a 13 de junho uma ofensiva sobre o Irão, argumentando que o avanço do programa nuclear iraniano e o fabrico de mísseis balísticos por Teerão representam uma ameaça direta à sua segurança.
Desde então, aviões israelitas atacaram uma série de infraestruturas estratégicas, incluindo sistemas de defesa aérea, instalações de armazenamento de mísseis balísticos e as centrais nucleares de Natanz, Isfahan e Fordo, e foram também eliminados comandantes da Guarda Revolucionária, chefes dos serviços secretos e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.
As autoridades da República Islâmica indicaram que os bombardeamentos já fizeram pelo menos 400 mortos e 3.056 feridos, ao passo que o Governo israelita informou que os mísseis lançados pelo Irão em retaliação causaram a morte de 24 pessoas e ferimentos em 1.272, em território israelita.
Na madrugada de domingo, o conflito assumiu uma nova dimensão com a entrada dos Estados Unidos na guerra, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear do Irão, entre as quais a unidade de Fordo, com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, e com o Presidente norte-americano, Donald Trump, a ameaçar o regime teocrático de Teerão de mais ataques, se "a paz não chegar rapidamente".
A operação norte-americana que devastou o programa nuclear iraniano resultou de meses de preparação e não visou militares nem a população civil do Irão, indicou o Pentágono.
Teerão declarou na ONU que caberá às Forças Armadas iranianas decidir "o momento, a natureza e a escala da resposta proporcional do Irão" aos bombardeamentos norte-americanos, que terá, alertou, "consequências duradouras".
Leia Também: "Israel não deve cair na tentação de mudar o regime do Irão"