"É crucial que a Europa permaneça tão unida como em 2022. Essa unidade contribui para aproximar uma paz justa e deve permanecer firme", disse Zelensky na rede social X, após o encontro em Bruxelas com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, um dia antes de viajar para Washington para se encontrar com o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, acompanhado por vários líderes europeus.
A preparação do encontro envolveu uma videoconferência do chefe de Estado e da responsável europeia, a partir de Bruxelas, com vários líderes da Europa, incluindo o primeiro-ministro português, Luís Montenegro.
"Essa unidade contribui para aproximar uma paz justa e deve permanecer firme. Concordamos com a necessidade de um cessar-fogo para novas medidas diplomáticas, garantias de segurança eficazes para a Ucrânia e a continuação da pressão de haver sanções sobre a Rússia para limitar seu potencial no futuro. Agradeço pessoalmente a Ursula e a toda a Europa por nos apoiarem na procura por um fim justo para esta guerra", acrescentou Zelensky.
Today in Brussels, I outlined our positions on transatlantic unity, peace efforts, territorial issues, and security guarantees, including Ukraine’s EU accession.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 17, 2025
It’s crucial that Europe remains as united as it was in 2022. This strong unity is essential to achieve a real peace. pic.twitter.com/PcT2CNgY8G
O líder ucraniano apontou que Putin tem muitas exigências, mas não são todas conhecidas, sendo que "se realmente houver tantas quanto se diz, levará tempo para analisá-las", mas "é impossível fazer isso sob a pressão das armas".
"É necessário UM cessar-fogo e trabalhar rapidamente num acordo final", reiterou, assegurando que irão falar sobre isso em Washington.
Zelensky estará acompanhado, nos Estados Unidos, por Von der Leyen, pelo secretário-geral da NATO (aliança atlântica), Mark Rütte, pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, pelo Presidente finlandês, Alexander Stubb, pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, e pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Segundo a porta-voz da Comissão Europeia, Arianna Podestà, os líderes dos países aliados da Ucrânia, unidos na chamada "Coligação dos Dispostos", realizaram hoje um "intercâmbio positivo" na videoconferência.
A porta-voz afirmou que "questões-chave" foram discutidas nesta reunião virtual, como "a necessidade de pôr fim às mortes na Ucrânia, o compromisso de manter pressão total sobre a Rússia através de sanções, o princípio de que a Ucrânia deve tomar decisões no seu território e a questão crucial de fortes garantias de segurança que protejam os interesses vitais de segurança da Ucrânia e da Europa".
Por sua vez, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, sustentou durante a reunião que "se não for acordado um cessar-fogo, a União Europeia e os Estados Unidos devem aumentar a pressão sobre a Rússia", conforme escreveu numa mensagem nas redes sociais.
Numa publicação na rede social X após a reunião de hoje, o primeiro-ministro português afirmou-se confiante na paz: "Passo a passo, atingiremos uma paz justa e duradoura".
Participei na videoconferência da “Coalition of the Willing”, que juntou hoje vários líderes mundiais e o Presidente Zelensky, com vista a preparar a reunião entre os Estados Unidos, a Coligação e a Ucrânia. Passo a passo, atingiremos uma paz justa e duradoura.
— Luís Montenegro (@LMontenegro_PT) August 17, 2025
O objetivo da viagem a Washington é obter informações em primeira mão sobre os resultados do encontro de Trump com o Presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, na sexta-feira.
A cimeira entre o líder norte-americano e o homólogo russo, Vladimir Putin, terminou sem um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, como pretendia Donald Trump.
Depois da cimeira de sexta-feira, o Presidente dos EUA passou a defender um acordo de paz como solução para a guerra na Ucrânia, iniciado pela invasão russa em fevereiro de 2022.
[Notícia atualizada às 19h17]
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