Onze tripulantes de uma embarcação de pesca com bandeira portuguesa, foram resgatados, no domingo, 22 de junho, ao largo dos Açores, pela mesma estar "em estado iminente de afundamento".
Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, a Marinha Portuguesa revela que o barco 'Carmen' foi sinalizado "a cerca de 300 milhas náuticas, o equivalente a cerca de 560 quilómetros, a nordeste da ilha de São Miguel".
O resgate dos 11 tripulantes, que já se encontravam na balsa salva-vidas, foi efetuado pelas 16h21 (horas locais, menos uma hora que em Portugal Continental), pelo navio mercante BUSHU MARU, que se encontrava a navegar a cerca de 20 milhas náuticas, o equivalente a 37 quilómetros de distância.
Os tripulantes, de nacionalidades portuguesa, indonésia e marroquina, seguiram a bordo do MV BUSHU MARU, para o seu porto destino, Dunkirk, em França.
O estado de saúde dos mesmos não foi divulgado pelas autoridades portuguesas.
A operação, que começou pelas 11h39 (horas locais, menos uma hora que em Portugal Continental), foi realizada Marinha Portuguesa, através do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada (MRCC Delgada), com o apoio do navio mercante MV BUSHU MARU, com registo das Bahamas.
Recorde-se que, na semana passada, a Marinha Portuguesa também protagonizou, junto com a Polícia Judiciária (PJ) e outras autoridades, uma operação ao largo da Região Autónoma dos Açores, mais precisamente, junto às ilhas do Grupo Ocidental (Flores e Corvo) do arquipélago.
Contudo, neste outro caso, a ação estava relacionada não com um possível naufrágio, mas sim com o transporte de quase duas toneladas de cocaína.
Num comunicado enviado pela PJ ao Notícias ao Minuto, na sexta-feira, os inspetores revelaram que que a embarcação em questão, de 11 metros, que fazia fazia a travessia do oceano Atlântico entre a América do Sul e a Europa, foi intercetada com 1.660 quilos de cocaína.
Além da droga, no seu interior, as autoridades encontraram três homens, de nacionalidade estrangeira, com idades compreendidas entre os 43 e 51 anos.
A operação Vikings, como foi apelidada, explicaram ainda as autoridades portuguesas, "é o resultado de uma complexa investigação que decorreu nos últimos dois anos, visando desmantelar uma organização criminosa de cariz internacional e com atuação transcontinental, dedicada à introdução de grandes quantidades de cocaína no continente europeu e que, para o efeito, usava o nosso país como plataforma".
Na mesma nota, enviada na sexta-feira, a PJ informou que, paralelamente, no âmbito de uma investigação aberta em Espanha, visando a mesma organização criminosa, a Polícia Nacional espanhola, em concertação com as autoridades portuguesas, desencadeou simultaneamente a operação Aproa e deteve um homem que se supõe ser o líder da organização.
Na residência deste foram encontrados 63 mil euros em dinheiro, um dispositivo de GPS, uma pistola taser, inúmeros equipamentos informáticos e de comunicações, alguns encriptados, assim como um montante não especificado de moeda estrangeira.
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