Há mais de 3 mil bombeiros a combater fogos. Arganil é o mais preocupante

Só em Arganil estão mais de 800 bombeiros a combater as chamas, que há mais de uma semana não dão tréguas em Portugal Continental. Mas há mais concelhos a preocupar as autoridades, como Sátão e Cinfães.

Vila Real, incêndios

© David Oliveira/Anadolu via Getty Images

Natacha Nunes Costa com Lusa
14/08/2025 09:06 ‧ há 9 horas por Natacha Nunes Costa com Lusa

País

Incêndios

O fogo continua a não dar tréguas, esta quinta-feira, 14 de agosto, em Portugal Continental, assim como noutros países da Europa, como por exemplo Espanha, onde as chamas já mataram pelo menos três pessoas.

 

Por cá, a madrugada foi intensa. Por volta das 9h de hoje, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) estavam "3.100 bombeiros e 1.018 meios terrestres" a combater os incêndios que assolam diferentes pontos do país, principalmente, na região Centro.

Ao Notícias ao Minuto, a mesma fonte explicou que há vários incêndios preocupantes, sendo que o de Arganil, no distrito de Coimbra, é o que está a evoluir "muito desfavoravelmente". Além de estar a afetar o Piodão, o fogo já se alastrou aos concelhos vizinhos de Oliveira do Hospital e Seia.

Só nesta zona estão mais de 900 bombeiros, auxiliados por 300 veículos terrestres e quatro meios aéreos.

A evoluir de forma "desfavorável" está o fogo de Sátão, onde estão cerca de 450 bombeiros, 143 veículos e quatro meios aéreos, assim como o incêndio que deflagrou mais recentemente em Cinfães, ambos no distrito de Viseu. Neste município estão, neste momento, 110 bombeiros, auxiliados por 28 viaturas e dois meios aéreos.

Por sua vez, em Trancoso, no distrito da Guarda, segundo a Proteção Civil, o fogo está a "evoluir favoravelmente. Apesar disso é ainda um dos que aloca mais meios, com 460 bombeiros, 146 meios terrestres e dois meios aéreos.

Já em Tabuaço, onde as chamas deixaram a população em sobressalto durante vários dias, as chamas parecem ter cedido aos meios e o fogo foi dado, esta manhã, como dominado.

Incêndio em Tabuaço dado como dominado

Incêndio em Tabuaço dado como dominado

O fogo que deflagrou no domingo em Tabuaço, distrito de Viseu, entrou hoje em fase de resolução, indicou a Proteção Civil.

Lusa | 07:51 - 14/08/2025

O Notícias ao Minuto questionou ainda a Proteção Civil sobre feridos e casas destruídas mas quanto a estes números não obteve uma resposta.

120 concelhos em risco máximo de incêndio

Recorde-se que, esta quinta-feira, mais de 120 concelhos do interior Norte e Centro do país e do Algarve estão em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com o IPMA, estão sob risco máximo de incêndio todos os concelhos do distrito de Bragança e a maioria dos de Vila Real, Guarda, Viseu e Castelo Branco.

Também em risco máximo estão dezenas de outros municípios dos distritos Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Santarém, Portalegre, Beja e Faro.

Em risco muito elevado está grande parte da região do Alentejo e dezenas de outros municípios nos distritos de Faro, Lisboa, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Aveiro, Vila Real, Porto, Braga e Viana do Castelo.

O IPMA colocou em risco elevado cerca de 60 concelhos nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal, Portalegre e Faro.

Sob risco moderado estão cerca de 20 municípios, quase todos no litoral do país, nos distritos de Faro, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro e Porto.

Pedido de ajuda? Para já não, diz primeiro-ministro

Apesar de várias 'vozes' já se terem elevado a apelar ao primeiro-ministro que peça ajuda internacional para combater as chamas, Luís Montenegro descartou, para já, essa possibilidade.

Em declarações à CNN Portugal em Faro, Algarve, onde está de férias, o Chefe do Governo defendeu que "quando for preciso, quando as circunstâncias o motivarem, fá-lo-emos. Isso obedece a critérios que são de natureza técnica e operacional, que terão de ser atendidos."

Apesar disso, Montenegro garantiu que o Governo "não tem nenhuma objeção a fazê-lo, quando tiver de ser feito". Só não o vai fazer "nas alturas em que não for tecnicamente adequado". E, para já, o primeiro-ministro acha que não é necessário.

Leia Também: Mais de 120 concelhos em risco máximo de incêndios

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