Praia do Ouro em Sesimbra interditada a banhos

A praia do Ouro, em Sesimbra, no distrito de Setúbal, está interditada a banhos depois de uma análise ter detetado parâmetros alterados, disse hoje fonte da autarquia.

Praias Galiza

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Lusa
14/08/2025 20:04 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Sesimbra

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Sesimbra adiantou que a interditação foi decretada face à presença na água de valores elevados da bactéria enterococos intestinais e/ou E. coli.

 

A bandeira vermelha foi içada às 18h15, por indicação do delegado de saúde.

Francisco Jesus explicou que a bactéria foi detetada em análises regulares efetuadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), cujos resultados chegaram hoje.

O autarca indicou que foi já feita uma contra-análise, aguardando que os resultados sejam conhecidos na sexta-feira.

"Foi feita a tramitação normal e comunicado ao delegado regional de saúde como é normal", disse.

O responsável adiantou que assim que foi informado do caso colocou em campo os técnicos da autarquia na área do saneamento, mas que não existe qualquer emissário municipal de escoamento de águas residuais para a praia.

De imediato, explicou à Lusa, contactou a SIMARSUL - Saneamento da Península de Setúbal, S.A, responsável pela gestão e exploração do sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da península de Setúbal, tendo apurado que foram feitas duas descargas diretas para o mar, sem tratamento, a 01 e a 08 de agosto (duas sextas-feiras).

Francisco Jesus manifestou-se indignado com esta situação, particularmente, por estas "descargas terem sido apenas participadas à APA por email nas segundas-feiras seguintes" nos dias 04 e 11 de agosto.

"Isto é inadmissível. Numa zona balnear serem feitas duas descargas a duas sextas-feiras, que sabemos que podem pôr em causa o risco a qualidade das águas, e serem apenas comunicadas três dias depois, numa segunda-feira, sem haver um telefonema. Isto foi tratado com uma leviandade e com um sentido de irresponsabilidade brutal", disse o autarca.

O autarca frisou que se o assunto tivesse sido tratado desde o momento das descargas para o oceano, que terão sido efetuadas por questões de funcionamento da ETAR, teria havido maior controlo das águas.

"Não sabemos se existe uma relação causa-efeito, mas, na verdade, pode ter", disse, adiantando que as descargas são feitas no oceano e não na praia, mas com as marés poderão ter atingido a zona.

Uma das descargas, salientou, foi de 500 metros cúbicos.

"É muita água não tratada", disse Francisco Jesus.

O autarca garantiu que vai pedir responsabilidades, insurgindo-se com a forma, que classificou de leviana, de tratar um assunto desta importância.

[Notícia atualizada às 21h54]

Leia Também: Mantida interdição a banhos na Praia da Vieira na Marinha Grande

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