MAI sublinha maior dispositivo de sempre. "País está a responder"

A ministra da Administração Interna disse hoje que Portugal tem "o maior dispositivo de sempre" no terreno no combate a incêndios, garantindo que "o país está a responder" e descartou a passagem a situação de contingência.

Governo: MAI Maria Lúcia Amaral fala sobre incêndios em Portugal

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Lusa
14/08/2025 20:48 ‧ há 2 horas por Lusa

País

Maria Lúcia Amaral

Em conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Maria Lúcia Amaral, após uma declaração em que anunciou a prorrogação da situação de alerta no país até domingo, disse, em resposta aos jornalistas, que está solidária com as populações afetadas pelos fogos e que compreende as declarações críticas dos autarcas,

 

"Eu compreendo muitíssimo bem todos os apelos que os autarcas têm feito, perante a natureza dramática daquilo que nós estamos a viver é mais que compreensível. Cada autarca, cada titular de poder local eleito é diretamente responsável pelas suas populações nos seus territórios, portanto sente como ninguém a impotência e a aflição que tudo isto provoca", disse.

A ministra insistiu que o país tem "o maior dispositivo no terreno de sempre" e que os meios no terreno demonstram que "o país está a responder (...) de uma forma unida", ainda que reconheça a possibilidade de alguma descoordenação no terreno.

"A descoordenação, ninguém está imune a ela. Num esforço tão grande quanto este, pode ocorrer e ocorrerá inevitavelmente, porque tudo é extraordinariamente complexo", disse Maria Lúcia Amaral.

Depois de hoje o secretário-geral do PS e ex-ministro da Administração Interna José Luís Carneiro ter defendido a ativação da situação de contingência para assegurar todos os meios disponíveis no combate, a ministra rejeitou a necessidade, por questões práticas.

"Aquilo que concluímos até agora é que a diferença, que é uma diferença jurídica, desde logo do quadro da Lei de Bases de Proteção Civil, entre a situação da alerta e a situação de contingência, implicaria apenas ter a possibilidade de mobilizar mais meios, até ao nível municipal, que neste momento já estão mobilizados. Devido, aliás, ao esforço conjunto de todos os autarcas. É por isso que no plano prático não sentimos a necessidade de transformar a natureza da decisão", disse.

A ministra referiu os esforços para prolongar a estada dos dois aviões Canadair cedidos por Marrocos até ao fim da situação de alerta, agora prolongada até ao final do dia de domingo e admitiu recorrer a "outros instrumentos internacionais" para garantir os meios e "garantir todo o dispositivo que for absolutamente necessário" para cumprir a "missão primeira, que é de preservar vidas e bens".

Sobre o eventual pedido de ajuda ao mecanismo europeu de proteção civil, sublinhou que a decisão, sendo política, é tomada com o apoio de pareceres técnicos: "Assim que o apoio técnico-operacional nos disser que é necessário pedir ajuda internacional, essa ajuda será pedida sem hesitação".

Questionada sobre as declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o dia de sexta-feira, afirmando que seria o dia mais sensível no combate a incêndios, com uma "convergência de condições" que podem propiciar um agravamento da situação, em aparente contradição com as informações do IPMA, que apontam para um dia com risco de incêndio semelhante ao de hoje ou dias anteriores, a ministra respondeu com informações do IPMA que apontam para "condições particularmente adversas".

Essas informações justificam o prolongamento da situação de alerta até domingo, acrescentou, apelando ainda para que se evitem situações de risco.

Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio desde 02 de agosto e nas últimas semanas têm deflagrado vários incêndios no norte e centro do país que já consumiram mais de metade dos cerca de 75 mil hectares de área ardida este ano.

[Notícia atualizada às 22h20]

Leia Também: "Combate é de todos". Governo volta a prolongar situação de alerta

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