"Esta sexta-feira, o cabeça de lista à Assembleia Municipal de Lisboa do Volt Portugal, Mateus Carvalho, assinou uma reclamação a pedir a impugnação das listas do Chega aos órgãos autárquicos de Lisboa", indicou o partido num comunicado.
O candidato alega que o Chega "já viu por duas ocasiões distintas o Tribunal Constitucional escrever acórdãos onde deliberam como ilegais e ilegítimos os seus órgãos internos, retirando-lhes qualquer poder de deliberação sobre candidatos", referiu o Volt.
Citado no comunicado, Mateus Carvalho considerou que, "enquanto partido de extrema-direita, o Chega demonstra ser um partido à margem da lei, sem qualquer preocupação pelo cumprimento das regras democráticas que qualquer pessoa ou partido devem respeitar".
O também co-fundador do partido destacou que, nos últimos atos eleitorais, as listas do Chega já deveriam ter sido consideradas inválidas.
Reiterando que "isto já ocorreu anteriormente", o candidato disse ser "incompreensível que estejamos todos, impávidos e serenos, a assistir a este atropelo constante ao Estado de Direito".
"Temos que agir mais na defesa da Democracia e do Estado de Direito. Quando partidos e políticos declaram guerra à democracia, há que olhar para as armas que esta dispõe. A lei eleitoral é uma delas", já que prevê que se "possam apresentar reclamações sobre as irregularidades e ilegalidades de outras listas no círculo eleitoral onde concorrem", defendeu.
Concorrem à Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas de 12 de outubro Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU, coligação PCP/PEV), Ossanda Líber (Nova Direita), Bruno Mascarenhas (Chega), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN) e Tomaz Ponce Dentinho (Democrática Aliança, coligação PPM/PTP).
No atual mandato (2021-2025), a autarquia é presidida pelo social-democrata Carlos Moedas, que governa sem maioria absoluta, eleito pela coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança.
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