Qualquer treinador pretende que no balneário da equipa que oriente reine a paz e a harmonia, de forma que esta se reflita, dentro das quatro linhas. No entanto, não faltam casos que comprovam que, mesmo no limiar do ódio, é possível existir rendimento desportivo.
Que o digam Mohamed Salah e Sadio Mané. Os internacionais egípcio e senegalês foram companheiros de equipa, no Liverpool, durante cinco anos, entre 2017, e não se suportavam. Ainda assim, construíram, juntamente com Roberto Firmino, uma das mais temíveis frente de ataque da história.
Numa entrevista concedida, recentemente, ao jornal francês L'Équipe, o primeiro assumiu, abertamente, ter existido um clima de "tensão" com o então companheiro de equipa, que, atualmente, alinha no Al Nassr, da Arábia Saudita, sob as ordens do treinador português Jorge Jesus.
"Sim, houve tensão com o Sadio. Atenção, fomos profissionais até ao fim, não me parece que tenha afetado a equipa. É humano querer mais, eu compreendo, ele é um competidor. Fora de campo, não éramos muito próximos, mas sempre nos respeitámos", afirmou.
Confrontado com as acusações de ter sido "egoísta", durante este período, Mohamed Salah atirou: "Não me interessa. As pessoas podem pensar o que quiserem, estão no seu direito, mas convido toda a gente a constatar que quem fez mais assistências para Mané fui eu. Podemos olhar para os factos, mas, aparentemente, é mais fácil lançar frases como essa, que fazem manchetes".
"Eu sei como funciona. Desde que se mantenham dentro dos limites do respeito, está tudo bem, mas isso não significa que essa opinião seja verdadeira. No final do dia, eu sei o que fiz e tenho a consciência tranquila", rematou.
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