Nos primeiros três meses do ano, o resultado líquido obtido ficou 23% abaixo dos 63 milhões de euros previstos no Plano de Atividades e Orçamento (PAO) 2024-2026, refere o relatório, que hoje foi também noticiado pelo Jornal de Negócios.
Nos primeiros três meses deste ano, o resultado operacional da IP foi de 90,3 milhões de euros, mais 17,9% que no período homólogo de 2024. Também aqui os valores registados ficaram abaixo do previsto no PAO (-10%).
Os rendimentos operacionais atingiram 334,1 milhões de euros e os gastos operacionais 243,8 milhões de euros, "ficando ambos aquém do estimado no PAO em 139,5 milhões de euros e 129,4 milhões de euros, respetivamente", refere o relatório.
Segundo o documento, a principal variação com impacto direto no rendimento face ao PAO resultou da redução de 33,4 milhões de euros nas indemnizações compensatórias, uma variação "parcialmente compensada por um aumento na consignação do serviço rodoviário (cinco milhões de euros) e nas portagens das vias exploradas pela própria IP (1,5 milhões de euros)".
A empresa regista que as variações nos réditos de contratos de construção própria (-31,2 milhões de euros), no concedente Estado (+9,3 milhões de euros), nas portagens de concessões do Estado (-627 mil euros) e na energia de tração (588 mil euros) não tiveram impacto no resultado do exercício, acrescentando que os efeitos "foram compensados ao nível dos custos com mercadorias vendidas e matérias consumidas, fornecimentos e serviços externos, bem como outros gastos operacionais".
Quanto aos gastos, houve descidas de 7,2 milhões de euros com depreciações e amortizações e de 3,5 milhões de euros nos gastos com pessoal, bem como de 13,4 milhões de euros nas rubricas de conservação, reparação e segurança das redes rodoviária e ferroviária.
Em 31 de março deste ano, o resultado financeiro da IP foi negativo em 40,7 milhões de euros, o que reflete uma melhoria de 461 mil de euros face ao orçamento.
O relatório faz ainda referência ao investimento no primeiro trimestre, que atingiu os 106,2 milhões de euros, o equivalente a uma taxa de execução de 52% do previsto no PAO.
Deste valor, 77 milhões de euros correspondem a investimento ferroviário -- 58,7 milhões de euros dos quais em obras afetas ao Ferrovia 2020 -- e 27 milhões de euros ao investimento rodoviário -- 21,7 milhões de euros dos quais em obras enquadradas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
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