Governo anuncia hoje apoios: Qual é o impacto económico dos incêndios?

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, convocou um Conselho de Ministros extraordinário para aprovar medidas de apoio às populações afetadas pelos incêndios florestais. A reunião do Executivo vai decorrer durante a tarde em Viseu, um dos distritos atingidos pelos incêndios nas últimas semanas.

CARNAXIDE, PORTUGAL - AUGUST 15: Portuguese Prime Minister Luis Montenegro listens to the Secretary of State for Civil Protection Rui Rocha delivering remarks to journalists at the end of the visit by Portuguese President Marcelo Rebelo de Sousa, Portugue

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Beatriz Vasconcelos com Lusa
21/08/2025 07:59 ‧ ontem por Beatriz Vasconcelos com Lusa

Economia

Incêndios

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, convocou um Conselho de Ministros extraordinário para esta quinta-feira com o objetivo de aprovar medidas de apoio às populações afetadas pelos incêndios florestais. Afinal, qual é o impacto económico dos incêndios?

 

Fonte do Governo disse à Lusa que a reunião do Executivo vai decorrer durante a tarde em Viseu, um dos distritos atingidos pelos incêndios nas últimas semanas.

O Notícias ao Minuto já tentou obter mais informações sobre os apoios junto do Ministério da Economia, mas até ao momento não foi possível obter uma resposta. 

O impacto económico dos incêndios 

O impacto económico dos incêndios dos últimos dias é "profundo" e podem ascender já a 2,3 mil milhões de euros, adiantou, na terça-feira, o presidente da Direção Regional Norte da Ordem dos Economistas, Carlos Brito, ao Notícias ao Minuto, tendo em conta a área ardida até esse dia - sendo que hoje já é superior. 

"Os incêndios florestais de 2025 estão a revelar-se dos mais graves das últimas décadas em Portugal. Até ao momento (11h30 de 19/08/2025) já arderam mais de 200 mil hectares, uma área que é quase 50% superior à registada em todo o ano de 2024. O impacto económico é profundo, podendo ser estimado em cerca de 2,3 mil milhões de euros até ao momento", explicou Carlos Brito. 

Incêndios:

Incêndios: "Impacto económico é profundo" e já há estimativas

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais que têm um impacto económico "profundo", podendo chegar a 2,3 mil milhões de euros, adiantou Carlos Brito, presidente da Direção Regional Norte da Ordem dos Economistas, ao Notícias ao Minuto.

Beatriz Vasconcelos | 13:43 - 19/08/2025

O economista adianta que "há desde logo os custos diretos de combate - mobilização de meios aéreos, terrestres e humanos - que se contam em muitas dezenas de milhões de euros, podendo aproximar-se dos valores de 2017, o ano dos grandes incêndios que foram responsáveis por 127 mortes". Porém, "somam-se as perdas de habitações, recursos naturais, explorações florestais e infraestruturas locais, cujos prejuízos ainda não estão totalmente quantificados".

Depois, há também os efeitos indiretos, que "podem ser ainda mais significativos e prolongados": "O turismo rural e de natureza sofre cancelamentos e quebras de procura, representando perdas que podem atingir dezenas de milhões de euros".

Além disso, "o mesmo acontece com a agricultura e a economia local, atingidas pela destruição de terras e respetiva desvalorização, um impacto que se fará sentir ao longo dos próximos anos". Também acrescem os "custos sociais e de saúde, desde internamentos respiratórios até ao impacto psicológico nas comunidades evacuadas".

O economista destaca ainda que existem ainda "perdas que não têm preço: em vidas humanas e na dor das populações ao verem arder toda uma vida de esforços e sacrifícios. Isto sem falar no custo associado à perda de confiança nas autoridades, a começar pelas governamentais".

Este ano, os fogos já provocaram pelo menos dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, que já provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Leia Também: Seguros cobrem incêndios? O que deve fazer quem tem prejuízos?

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