"Posso dizer que a experiência do primeiro mandato com as tarifas sobre aço e alumínio é que cada vez que tentamos conceder uma isenção ou exclusão a um dos nossos aliados, eles abusaram completamente, e aprendemos que era um caminho perigoso. Portanto, não haverá isenções ou exclusões para as tarifas sobre aço e alumínio", disse Navarro aos jornalistas, em frente à Casa Branca.
Por ocasião da divulgação hoje de novos detalhes sobre o acordo comercial entre Washington e Bruxelas, finalizado em julho na Escócia, Navarro foi questionado especificamente sobre produtos de aço e alumínio da UE, embora a sua resposta se referisse a qualquer importação desses metais, independentemente da sua origem.
Após a posse de Donald Trump em janeiro, Washington decidiu taxar todo o aço e alumínio em 50%, embora tenha decidido cortar as tarifas para metade sobre estes metais provenientes do Reino Unido.
O responsável, considerado o arquiteto da política comercial de Donald Trump, também foi questionado hoje sobre a possibilidade de vinhos e destilados europeus, produto considerado muito importante pela UE, receberem isenções, mas o ministro não quis comentar.
Navarro considerou que o marco legal publicado hoje representa o início de "um novo e belo espírito e ambiente de cooperação com a Europa" e considerou que, dado os benefícios que traz para os EUA, ninguém, incluindo os tribunais que deliberam sobre a legalidade das tarifas do Governo americano, deve criticar a política comercial de Washington.
O conselheiro também aproveitou a oportunidade para criticar novamente a Índia, cujas exportações para os EUA foram taxadas com uma tarifa "recíproca" de 25% e mais 25% para as suas compras de petróleo bruto russo.
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