As imagens do ataque do Irão a base norte-americana no Qatar

O Irão atacou a base de Al-Udeid no Qatar, uma das principais instalações militares norte-americanas no Médio Oriente. As imagens mostram mísseis nos céus do do país e foram ouvidas explosões.

ataque, Qatar

© REUTERS/Stringer

Notícias ao Minuto com Lusa
23/06/2025 19:30 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Médio Oriente

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que o Irão atacou, esta segunda-feira, a base de Al-Udeid no Qatar, uma das principais instalações militares norte-americanas no Médio Oriente.

 

Teerão reivindicou o ataque, que aconteceu pouco depois de as autoridades de Doha terem encerrado o espaço aéreo do país.

O anúncio foi feito na televisão estatal iraniana ao som de música marcial, descreveu a agência de notícias Associated Press (AP), e acompanhado de uma legenda no ecrã: "Uma resposta poderosa e bem-sucedida das forças armadas do Irão à agressão americana".

Posteriormente, o Conselho de Segurança Nacional do Irão confirmou o ataque em comunicado.

"Em resposta à ação agressiva e insolente dos Estados Unidos contra instalações e locais nucleares iranianos, as poderosas forças armadas da República Islâmica do Irão atacaram a base aérea norte-americana em Al-Udeid, no Qatar, há algumas horas", segundo o comunicado.

O texto sublinhou que "esta ação não representa qualquer ameaça" para o Qatar, que é descrito como "país amigo e irmão".

O Conselho de Segurança Nacional do Irão observou que o ataque no Qatar correspondeu ao número de bombas lançadas pelos Estados Unidos contra as suas instalações nucleares na madrugada de domingo e que a base no Qatar foi escolhida por se encontrar fora de áreas povoadas.

Testemunhas no Qatar citadas pelas agências de notícias internacionais confirmaram que escutaram explosões e observaram o que pareciam mísseis nos céus do país.

As autoridades de Doha indicaram ter intercetado os mísseis iranianos com sucesso e que não houve vítimas e condenaram "uma flagrante violação" da sua soberania, do espaço aéreo e das leis internacionais, reservando-se "o direito a responder diretamente".

O espaço aéreo do Qatar, que pouco antes do ataque tinha sido encerrado, está agora seguro, acrescentaram.

O Ministério da Defesa do Qatar confirmou, em comunicado, que o ataque foi dirigido à base aérea de Al-Udeid, mas que a vigilância das Forças Armadas e as medidas de precaução tomadas antes dos disparos evitaram qualquer vítima.

Numa primeira reação, o Pentágono afirmou que não tem conhecimento de baixas norte-americanas em resultado do bombardeamento iraniano.

Segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros qatari, Majed al-Ansari, a base já tinha sido evacuada devido às "tensões na região", ao mesmo tempo que alertou para o risco de a atual escalada no Médio Oriente conduzir a "consequências catastróficas" para a paz e segurança internacional.

"Pedimos a cessação imediata de todas as ações militares e um regresso sério à mesa das negociações", declarou Al-Ansari.

As instalações militares dos Estados Unidos no Médio Oriente encontram-se em alerta máximo. Bahrein, Emirados Árabes Unidos (EAU), Kuwait e Iraque também encerraram os seus espaços aéreos. 

Israel lançou a 13 de junho uma ofensiva sobre o Irão, argumentando que o avanço do programa nuclear iraniano e o fabrico de mísseis balísticos por Teerão representam uma ameaça direta à sua segurança.

Desde então, aviões israelitas atacaram uma série de infraestruturas estratégicas, incluindo sistemas de defesa aérea, instalações de armazenamento de mísseis balísticos e as centrais nucleares de Natanz, Isfahan e Fordo, e foram também eliminados comandantes da Guarda Revolucionária, chefes dos serviços secretos e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.

As autoridades de Teerão indicaram que os bombardeamentos já fizeram pelo menos 400 mortos e 3.056 feridos, ao passo que o governo israelita informou que os mísseis lançados pelo Irão em retaliação causaram a morte de 24 pessoas e ferimentos em 1.272, em território israelita.

No sábado, o conflito assumiu uma nova dimensão com a entrada dos Estados Unidos na guerra, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear do Irão, entre as quais a unidade de Fordo, com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, e com Trump a ameaçar o regime teocrático de Teerão de mais ataques, se "a paz não chegar rapidamente".

A operação norte-americana que devastou o programa nuclear iraniano resultou de meses de preparação e não visou militares nem a população civil do Irão.

Leia Também: Trump pede a Rússia para não usar "levianamente" termo "nuclear"

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