Incêndios em Vila Verde, Cabeceiras e Sabrosa são os que mais preocupam

A Proteção Civil contabilizou hoje 38 incêndios rurais, que mobilizaram 1.193 operacionais, com três fogos de maior preocupação para o dispositivo de combate em Vila Verde, Cabeceiras de Basto e Sabrosa.

Forest fire in Pedrogao Grande

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Lusa
24/08/2025 19:47 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Proteção Civil

Segundo o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, entre as 00h00 e as 17h00, registaram-se em Portugal continental "38 incêndios, 10 dos quais durante o período noturno, que envolveram 1.193 operacionais, 290 veículos terrestres e realizado 102 missões com os meios aéreos".

 

"Em todo o país, a esta hora, em ocorrências ativas, estão empenhados 425 operacionais, 110 veículos e 13 meios aéreos", afirmou o responsável, pelas 19h00, no ponto da situação na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide (Oeiras).

As três situações que apresentavam a essa hora "maior preocupação" eram as ocorrências em Vila Verde, Cabeceiras de Basto e Sabrosa, que empenhavam 353 operacionais, 93 veículos e 11 meios aéreos.

De acordo com Mário Silvestre, "hoje, pelas 03h00, ficou em resolução o incêndio de Pedrógão Grande e, durante a manhã, ficou também em resolução o incêndio de Arganil", após 11 dias de combate.

"Em resolução, conclusão e vigilância temos 32 ocorrências neste estado que empenham 2.204 operacionais, 737 veículos e 16 meios aéreos", avançou o comandante nacional, acrescentado que esta situação operacional "deve-se sobretudo ao número de ocorrências reduzido que tivemos durante a noite e depois durante o dia", afirmou.

O responsável da ANEPC destacou também o "excecional empenho de todo o dispositivo nos trabalhos extremamente complexos no incêndio de Arganil", em "zona de grandes declives, com uma orografia extremamente complexa, que obrigou a trabalhos apeados durante o dia de ontem [sábado] e toda a noite", permitindo ter hoje "o incêndio em resolução".

"Da mesma forma, o incêndio de Pedrógão arrancou com duas ignições distintas, com velocidades de propagação extremamente elevadas", tendo o dispositivo reagido "de forma excecional e conseguido com isso", por volta das 03h00, "ter aquele incêndio também em resolução", referiu ainda.

Segundo o comandante, durante o dia de hoje, até às 17h00, foram assistidos no local cinco operacionais, a somar aos 89 acumulados entre o dia de 03 de agosto e sábado.

Nesse mesmo período, registaram-se 118 operacionais que foram transportados para o hospital, a que se somam mais seis de hoje.

Não se registaram hoje vítimas civis, que no mesmo período totalizam 105 entre assistidos e encaminhados para tratamento hospitalar.

"Manteremos até amanhã [segunda-feira] o estado de prontidão especial nível quatro para todo o país", salientou o comandante nacional, adiantando que então será avaliado se irá manter-se o nível máximo de prontidão ou se se irá "desagravar em algumas das zonas do país".

Apesar da redução de incêndios, ainda estão ativos os planos distritais de Emergência e Proteção Civil de Coimbra e Castelo Branco e os planos municipais de Trancoso, Oliveira do Hospital, Castelo Branco e Seia.

"As condições meteorológicas desagravaram-se, mas o cuidado continua a ter que ser extremo. Os combustíveis continuam extremamente disponíveis e, portanto, qualquer ignição poderá causar novamente um foco de incêndio com grande dimensão", alertou Mário Silvestre, apontando os casos de Sabrosa e Pedrógão Grande para aconselhar que "é preciso todo o cuidado"

"E daí estarmos a pedir à população que este desagravamento das condições meteorológicas não seja um desagravamento também ele da postura e do comportamento que cada um deve ter para evitarmos termos novas ignições", reiterou.

Quanto aos meios aéreos, o responsável da ANEPC notou que, "quer os aviões 'Canadair' gregos, quer os aviões suecos, estarão em Portugal até à próxima sexta-feira", com "saída prevista à data de hoje para sábado", mas até lá será reavaliada "essa situação".

O helicóptero Puma francês será desmobilizado na segunda-feira, pelas 10h00, uma vez que tem "uma inoperacionalidade não sanável em termos do trabalho que é possível fazer em Portugal".

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Os fogos provocaram quatro mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Segundo dados oficiais provisórios, até 23 de agosto arderam cerca de 250 mil hectares no país, mais de 57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.

Leia Também: Chamas em rescaldo perto de povoações evacuadas em Pedrógão Grande

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