Cobertura mediática de alterações climáticas compromete ação contra desinformação

A cobertura mediática sobre alterações climáticas está presa num "ciclo vicioso", que começa pela inação da população e compromete a mobilização da sociedade contra a desinformação, concluiu um estudo de um instituto da Universidade de Oxford, divulgado hoje.

alterações climáticas, aquecimento global

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Lusa
14/08/2025 16:27 ‧ há 2 horas por Lusa

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"As novas tecnologias climáticas compreendem uma grande parte da cobertura climática dos media, mas as redações geralmente não conseguem relacionar o potencial das novas tecnologias climáticas com a urgência da crise climática", refere o estudo do Reuters Institute for the Study of Jounalism, da Universidade de Oxford.

 

Os investigadores afirmam que a cobertura sobre o clima "está presa num ciclo vicioso", que começa com a inação da população, que não está disposta a reduzir o seu consumo, ao mesmo tempo que ainda se verifica um impulso público para a ação climática.

Para este ciclo contribui a forma como os meios de comunicação trabalham a cobertura noticiosa das alterações climáticas, que não oferecem uma narrativa climática esperançosa, nem possíveis soluções ou medidas de combate ao problema. 

Recentemente, em entrevista à Lusa, a especialista em políticas e clima da organização ambientalista internacional World Wide Fund for Nature (WWF) em Portugal Alice Fonseca afirmou que a luta contra a desinformação climática está comprometida porque as pessoas consideram não valer a pena combater alterações climáticas.

A representante da WWF disse que "as pessoas reconhecem o problema, acham que é importante agir, mas também reconhecem que estão a atuar num contexto onde a tomada de decisão é muito difícil, porque existe muita dificuldade em perceber se a informação é efetivamente verídica ou não".

Para Alice Fonseca, em causa está um fenómeno de paralisação, porque se as pessoas sentirem que lhes é transmitida muita informação preocupante, mas não são apresentadas propostas de como agir e combater esse problema, estas consideram "que não vale a pena fazer nada".

Leia Também: Eventos climáticos extremos são emergência de saúde, alerta organismo

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