O Governo promete que os apoios para os prejuízos causados pelos incêndios vão ser rápidos, pagos em 10 dias, mas será necessário preencher um formulário. O Conselho de Ministros reúne-se esta quinta-feira para aprovar as medidas de apoio às populações afetadas.
"O que nós combinamos com os senhores presidentes de Câmara é, na próxima semana, - vamos agora aprovar a legislação - ficam disponíveis os formulários para as pessoas fazerem as suas candidaturas, apresentam-nas na Câmara Municipal, que encaminha para a CCDR e a CCDR avalia e paga em 10 dias ou menos. Pelo menos, os primeiros milhares de pedidos que vão aparecer", afirmou o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, em declarações aos jornalistas, durante uma visita a Sernancelhe, no distrito de Viseu, um concelho também afetado pelos incêndios florestais.
O governante deixou ainda uma garantia: "Vamos ser muito rápidos porque essa é a principal missão. Há problemas com animais e com a subsistência dos animais e de pessoas, vamos tratar disso rapidamente".
Castro Almeida deu conta de que só na região Norte conta que sejam apresentados "cerca de cinco mil pedidos de apoio de pequenos agricultores".
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, convocou um Conselho de Ministros extraordinário para esta quinta-feira com o objetivo de aprovar medidas de apoio às populações afetadas pelos incêndios florestais. Vai realizar-se às 17h00 em Viseu.
Situação de calamidade não está excluída
A situação de calamidade é uma possibilidade que o Governo não exclui, mas tem de ser muito bem ponderada, disse hoje o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.
Após uma reunião com 27 autarcas do Centro e Norte do país atingidos pelos incêndios, o ministro disse que há vantagens e desvantagens na declaração de situação de calamidade.
"É um assunto que não é pacífico e que tem de ser ponderado. A situação de calamidade tem vantagens, mas também muitas desvantagens. Há municÍpios que podiam ter benefícios, mas há outros que não", disse, no final da reunião.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, que já provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
[Notícia atualizada às 13h34]
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