União Europeia esgotou possibilidades de sanções contra a Rússia

A União Europeia (UE) esgotou as possibilidades de aplicar sanções à Rússia, afirmou hoje o chanceler alemão, pedindo aos Estados Unidos para exercer pressão sobre Moscovo para que se sente à mesa das negociações com Kyiv.

Friedrich Merz

© Christophe Gateau/picture alliance via Getty Images

Lusa
25/06/2025 16:35 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

NATO/Cimeira

"Na UE esgotámos objetivamente o que podemos fazer", declarou Friedrich Merz em conferência de imprensa no final da cimeira da NATO em Haia, Países Baixos.

 

Merz explicou que determinadas sanções podem ser impostas a solo pelos Estados Unidos, algo que o governante alemão também voltou a comunicar, na quarta-feira, ao Presidente norte-americano, afirmando "estar nas mãos" de Donald Trump.

"Há um processo de formação de opinião que a meu ver ainda não foi concluído", respondeu o chanceler, ao ser questionado sobre a possibilidade de Washington impor finalmente estas sanções.

Merz reiterou que "não haverá uma solução militar" para a guerra na Ucrânia, mas o que a UE pode fazer neste sentido "não é suficiente".

Por outro lado, realçou a ameaça procedente de Moscovo não só para a Ucrânia, mas também para os países europeus e da NATO, advertindo: "Não sabemos se um dia a nossa preparação não vai ser posta à prova".

Merz atribuiu à Rússia "ataques diários" contra redes de dados, bem como a difusão de notícias falsas, desinformação e ações de sabotagem no mar Báltico.

O chanceler alemão também mencionou voos de drones documentados na Alemanha para espiar instalações militares, de acordo com as autoridades alemãs.

"Já nos estão a atacar desta maneira", disse Merz, ao considerar que neste século a diferença entre guerra e paz se tornou mais difusa.

Sobre a reunião dos chefes de Estado e Governo da NATO, Merz afirmou tratar-se de uma "cimeira histórica".

Os líderes da NATO concordaram hoje com um aumento nos gastos com defesa, na sequência da pressão de Trump, expressando um "compromisso inabalável" de ajuda mútua em caso de ataque.

Os 32 Estados-membros da Aliança Atlântica aprovaram uma declaração final, na qual afirmaram: "Os aliados comprometem-se a investir 5% do PIB [Produto Interno Bruto] anualmente em requisitos essenciais de defesa, bem como em gastos relacionados com a defesa e segurança até 2035, para garantir obrigações individuais e coletivas".

Leia Também: França, Alemanha e Reino Unido pedem contenção ao Irão

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