No final da reunião extraordinária do executivo municipal, a última por si presidida, Eduardo Vítor Rodrigues disse aos jornalistas que deixa um legado melhor do que aquele que encontrou há 12 anos.
"Nós encontrámos a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia com 300 milhões de euros de dívidas, hoje temos as contas no verde, não devemos nada a ninguém e temos as empresas municipais com lucro, ou seja, com contas positivas", destacou.
E estes resultados são fruto de a cidade ter tido a capacidade de atrair investimentos e atrair receitas ao mesmo tempo que se baixou o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e se extinguiu a taxa das rampas que era uma "taxa ridícula que existia", frisou o autarca, eleito pelo PS.
Eduardo Vítor Rodrigues, que também presidia à Área Metropolitana do Porto (AMP), insistiu que deixa a autarquia com contas positivas, com todos os investimentos em curso e devidamente cabimentados, e com as empresas municipais sólidas.
O autarca, que foi condenado a perda de mandato pelo crime de peculato de uso, decidiu rescindir ao mandato a partir de 30 junho, passando a liderança desta autarquia, do distrito do Porto, para a atual vice-presidente, Marina Mendes.
Reafirmando que todo o universo municipal está saudável, Eduardo Vítor Rodrigues recordou que estão cerca de 50 milhões de euros de obras em curso, obras essas que não configuram dívida para um mandato seguinte porque estão devidamente cabimentadas e acauteladas.
"Mas, para além disso, temos um saldo operacional de 20 milhões de euros, ou seja, temos no cofre 20 milhões de euros e temos ainda as empresas solidamente instaladas", sublinhou.
Em sua opinião, o município ainda tem muito para fazer, mas hoje "felizmente" tem recursos, algo que não tinha quando assumiu a sua liderança.
"Nós passámos quatro ou cinco anos a pôr tudo isto em ordem e, quando pensávamos que íamos respirar e que podíamos projetar o futuro, veio a pandemia e passámos cerca de dois anos completamente focados em coisas novas e muito diferentes e, portanto, algumas das coisas arrancaram um pouco fora de tempo porque houve esta conjuntura", salientou.
Já sobre a oposição, nomeadamente o PSD, Eduardo Vítor Rodrigues considerou-a "sempre muito igual e impreparada" ao longo destes 12 anos.
"Absolutamente impreparados [PSD]. Quando têm que dizer alguma coisa dizem umas generalidades porque o trabalho que, infelizmente, tem sido feito em Gaia pela oposição é o trabalho de baixo da mesa, é o trabalho da sujidade, é o trabalho da destruição de pessoas, por isso, é que eles chegam ao fim de 12 anos e são os mesmos, não ganharam uma única ideia de futuro", apontou.
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