"É evidente que a UE - e aqui há um grande acordo dos vários Estados - vê com grande preocupação estes desenvolvimentos, no sentido em que estes agravam as tensões internacionais", disse Rangel, acrescentando que se atingiu outro patamar na situação.
Em declarações aos jornalistas, no final de um conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, Paulo Rangel reiterou o "apelo enorme ao reatar das negociações diplomáticas".
O Irão tem de estar disponível para se sentar à mesa negocial e para abandonar o programa nuclear militar, acrescentou.
"É preciso parar esse processo", sustentou, referindo ainda que o uso de energia nuclear para fins civis não exige enriquecimento de urânio ao nível do que Teerão estava a fazer.
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada em 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra território iraniano, levando à retaliação de Teerão.
O conflito, que já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados, assumiu uma nova dimensão com os bombardeamentos, no sábado, pelos Estados Unidos de várias instalações nucleares iranianas, incluindo o complexo de Fordo, que tem capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas.
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