Na próxima semana os preços dos combustíveis regressam aos aumentos. Tanto o gasóleo como a gasolina vão ficar mais caros, segundo as previsões divulgadas, esta sexta-feira, pelo Automóvel Club de Portugal (ACP).
Em causa estarão aumentos de 0,5 cêntimos nos dois casos, indica o ACP, citando fontes do setor.
"A próxima semana vai trazer novamente mudanças nos preços dos combustíveis, com as previsões a apontarem para uma subida nos preços do gasóleo e da gasolina. Segundo fontes do setor, tanto o preço do gasóleo como o preço da gasolina deverão aumentar 0,5 cêntimos", pode ler-se no site do ACP.
Isto numa altura em que, de acordo com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), o "preço médio do litro de gasóleo em Portugal custava esta sexta-feira (22 de agosto) 1,537 euros, enquanto preço médio do litro de gasolina totalizava 1,691 euros".
"Caso se confirmem as previsões para a próxima semana, o preço médio do gasóleo simples deverá crescer para os 1,542 euros por litro (€/l). Já o preço médio da gasolina simples 95 avança para os 1,696 €/l", pode ler-se.
Estas previsões, adianta o ACP, "são feitas com base na assunção da manutenção das medidas extraordinárias de redução fiscal aplicadas pelo governo, para mitigar o aumento dos preços. As medidas em vigor incluem a redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e a compensação da receita adicional do IVA".
Como está o petróleo nos mercados internacionais?
A cotação do barril de Brent para entrega em outubro terminou na quinta-feira no mercado de futuros de Londres em alta de 1,24%, para os 67,67 dólares, subindo pelo segundo dia consecutivo.
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 0,83 dólares acima dos 66,84 dólares com que encerrou as transações na quarta-feira.
O petróleo Brent reagiu positivamente pela segunda sessão consecutiva devido à perceção de estagnação do mercado nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia e aos dados mais recentes sobre as reservas de crude dos EUA, que sugerem que a procura de petróleo continua forte, apesar da volatilidade geopolítica e comercial.
De acordo com o analista do mercado Forex Julián Pineda, o impasse diplomático nas negociações de paz entre Moscovo e Kiev, apesar dos esforços da União Europeia e dos Estados Unidos, "aumenta o risco de os países ocidentais imporem sanções adicionais, restringindo ainda mais os fluxos de petróleo russo como medida de alavancagem".
O mercado está confiante de que um acordo negociado para pôr fim ao conflito está iminente e, com ele, o alívio ou a suspensão das sanções ao crude russo.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que está a negociar um futuro encontro bilateral entre os seus homólogos russo e ucraniano, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, respetivamente, para chegar a um acordo de paz sobre a Ucrânia, embora alguns pontos controversos ainda necessitem de ser resolvidos, como possíveis trocas de terras entre as duas nações ou futuras garantias de segurança para Kiev.
[Notícia atualizada às 09h56]
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