Desde o regresso do republicano Donald Trump à Casa Branca, em janeiro passado, Moscovo e Washington começaram a reatar relações após anos de tensões extremas relacionadas sobretudo com o conflito na Ucrânia, mas persistem muitas divergências.
"Apesar de alguns progressos, o lado norte-americano ainda não está preparado para abandonar seriamente as dificuldades que foram criadas para o trabalho das missões diplomáticas", afirmou Yuri Ushakov, conselheiro diplomático do Presidente russo, Vladimir Putin, em conferência de imprensa.
Em 16 de junho, Moscovo anunciou que os Estados Unidos tinham cancelado a próxima reunião bilateral sobre a normalização do trabalho das respetivas embaixadas, após vários anos de várias expulsões de diplomatas e obstáculos ao funcionamento das suas representações.
"Esperamos que esta pausa não seja muito longa", comentou na altura a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, sem adiantar uma nova data para uma futura reunião.
De acordo com Yuri Ushakov, o embaixador russo em Washington, Alexander Darchyev, "esteve em Moscovo para consultas" e está a viajar hoje de regresso à capital norte-americana.
As duas potências realizaram recentemente duas rondas de negociações na Turquia sobre o assunto.
Mas o ímpeto das discussões abrandou nas últimas semanas, e a perspetiva de um acordo rápido, a par da resolução do conflito na Ucrânia, país invadido pela Rússia, é agora bastante incerta.
O Kremlin reconheceu que permanecem "muitos obstáculos" nas relações com Washington, considerando"improvável que se possa esperar resultados rápidos".
Além da questão ucraniana, russos e norte-americanos querem também discutir questões mais vastas, como as suas relações económicas, a arquitetura de segurança na Europa e o controlo de armamento.
Leia Também: Rússia pede medidas para a estabilização do conflito Israel/Irão