Tribunal russo recusa condenar Akunin por violar lei de agentes estrangeiros

Um tribunal de Moscovo recusou hoje condenar o exilado Boris Akunin, o escritor mais lido na Rússia antes da eclosão da guerra na Ucrânia, acusado de violar a lei dos agentes estrangeiros, noticiou a agência russa TASS.

Boris Akunin

© Getty Images

Lusa
14/08/2025 16:31 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Boris Akunin

Há um mês, Akunin foi condenado à revelia pela justiça russa a 14 anos de prisão por justificar o terrorismo, entre outras acusações.

 

Hoje, o tribunal de Taganski, na capital, recusou-se a aumentar essa pena com base em novas acusações contra o famoso escritor.

Boris Akunin, de 69 anos, nascido na Geórgia mas com nacionalidade russa, exilou-se no Ocidente após a anexação da península ucraniana da Crimeia, em 2014, reside atualmente em Londres e é um grande crítico da guerra russa em curso na Ucrânia.

Filólogo, crítico, tradutor de japonês e ensaísta, Akunin (pseudónimo de Grigori Chjartishvili), que em 2000 foi declarado 'Escritor Russo do Ano' e recebeu numerosos prémios fora da Rússia, foi em 2023 incluído na lista de "extremistas e terroristas" do país.

O autor ganhou fama com uma série de romances ambientados na segunda metade do século XIX e no início do século XX que têm como protagonista Erast Fandorin, um detetive singular que cativou os leitores.

Dias antes do início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, Akunin deu uma entrevista à agência de notícias espanhola EFE, na qual acusou o Presidente russo, Vladimir Putin, de ser "um ditador com ambições pós-imperialistas" e de ter levado o país a um estado de "semidesintegração".

Em Portugal, o escritor tem dois livros publicados, pela editora Presença: 'A Rainha do Inverno' (2006) e 'Jogada de Mestre' (2008).

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