O chefe de Estado costa-riquenho, Rodrigo Chaves, compareceu hoje perante uma comissão parlamentar, cujos membros no final das audiências sobre o caso terão de fazer uma recomendação ao parlamento, onde a oposição tem a maioria, ao qual competirá a decisão sobre o levantamento da imunidade presidencial.
"Eis-me aqui diante de vós (...) literalmente perante uma tentativa de golpe judicial", declarou o chefe de Estado.
Chaves chamou ao caso uma "armadilha" e acusou o procurador-geral Carlo Diaz de "mentiras".
"Companheiros, acreditam mesmo que este caso tem algum significado para além do servilismo de um procurador incompetente e desajeitado, ao serviço da rede que o manipula?", questionou Chaves.
Chaves tem sido criticado pelos seus opositores por repetidamente colocar em causa a independência das autoridades.
A Procuradoria acusa este ex-funcionário do Banco Mundial e Presidente desde 2022 de obrigar uma empresa de comunicação contratada pela presidência a pagar 32 mil dólares ao seu amigo e ex-assessor, Federico Cruz.
O chefe de Estado costa-riquenho disse enfrentar a elite política do país, que descreveu como uma "casta podre e corrupta".
Esta é a primeira vez que um Presidente da Costa Rica, país sul-americano reconhecido pela estabilidade democrática, enfrenta um pedido deste tipo, por solicitação do Supremo Tribunal em 01 de julho.
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