O socialista António Vitorino anunciou, esta quinta-feira, que não vai entrar na corrida à Presidência da República, defendendo que a candidatura a Belém no centro-Esquerda deveria ter sido única.
No seu espaço de comentário na SIC Notícias, o socialista foi questionado sobre se já tinha decidido sobre se concorria ou não a Belém: "Não me apresentarei a candidato. Sempre disse - e nisso fui sempre coerente - que devia haver apenas um candidato nesta área política."
O antigo comissário europeu para a Justiça e Assuntos Internos justificou que "há um dado objetivo" neste âmbito: "A minha candidatura não conseguiu reunir o consenso para ser uma candidatura única desta área e, portanto, não me apresentarei a sufrágio."
Confrontado sobre se a decisão foi tomada quando António José Seguro anunciou que ia avançar para a corrida, Vitorino apontou: "Decidi quando decidi."
Ainda defendendo a ideia de que deveria haver uma candidatura candidatura única, o socialista 'prometeu' que um dia contaria "os esforços" que fez para que houvesse apenas uma única candidatura do Partido Socialista.
"O facto de eu não me apresentar não significa que vá haver só uma [candidatura]. Estamos a sete meses do ato eleitoral. Na minha interpretação de quais eram as condições políticas que eram necessárias para que eu pudesse tomar uma decisão de avançar: elas não estão verificadas [...]. A circunstância é a de que, manifestamente, eu não reúno as condições para ser o candidato do centro-Esquerda", reforçou.
Vitorino garantiu que "ouviu muita gente".
Quem já está na corrida a Belém?
O antigo secretário-geral António José Seguro apresentou a sua candidatura no início deste mês, defendendo que Portugal não precisa apenas de "estabilidade" como também de confiança, mudança e "esperança numa vida melhor."
Os dois nomes socialistas estiveram em cima da mesa durante algum tempo, estando agora desfeito - pelo menos, para já -, quem avança nesta espetro.
Mas, para além do centro-Esquerda, há outros candidatos que já anunciaram que vão ser candidatos à Presidência, como Henrique Gouveia e Melo e Luís Marques Mendes e Joana Amaral Dias.
Da porte da Iniciativa Liberal, também Mariana Leitão anunciou a sua candidatura, retirando-a posteriormente "para se dedicar à liderança" do partido, que viu Rui Rocha anunciara a saída do cargo.
[Notícia atualizada às 22h51]
Leia Também: Santos Silva avança para Belém? "Não tenho nada a acrescentar"