O major-general Isidro Morais Pereira anunciou, esta quinta-feira, que está a ponderar candidatar-se à Presidência da República.
Numa entrevista ao Observador, o militar, que tem uma forte presença no comentário televisivo, confessa que foi sondado por "inúmeras" pessoas quanto ao assunto.
Ao jornal, o militar explicou que a decisão final será tomada depois das eleições autárquicas e afirmou que não recusaria apoio do Chega. "Os partidos fazem parte da democracia e o Chega não deve ser encarado de forma diferente", explicou.
Apesar de garantir que não houve contatos com o Chega neste âmbito, o Observador avança que há já uma reunião marcada entre o major-general e o Chega, que decorrerá no início de julho.
Já esta quinta-feira, o tema das Presidenciais fez parte da agenda, com o socialista António Vitorino, um dos nomes de centro-esquerda que estavam em cima da mesa, a anunciar que não se vai candidatar - e a defender que a candidatura aqui deveria ser única, mas não descartando que outro político desta área avance neste sentido.
Desta forma, poderá haver não só um homem com carreira militar a chegar a Belém, mas dois. E quanto à 'concorrência' neste nível, Isidro Morais Pereira teceu ainda algumas críticas a Gouveia e Melo, começando por dizer que os portugueses "querem um Presidente com personalidade, um homem que olha para os outros antes de olhar para si mesmo" e que também está disposto a servir a causa pública. "Não sei se Gouveia e Melo é o homem indicado", atirou.
Quem já está na corrida a Belém?
O antigo secretário-geral António José Seguro apresentou a sua candidatura no início deste mês, defendendo que Portugal não precisa apenas de "estabilidade" como também de confiança, mudança e "esperança numa vida melhor."
Os dois nomes socialistas estiveram em cima da mesa durante algum tempo, estando agora desfeito - pelo menos, para já -, quem avança nesta espetro.
Mas, para além do centro-Esquerda, há outros candidatos que já anunciaram que vão ser candidatos à Presidência, como Henrique Gouveia e Melo e Luís Marques Mendes e Joana Amaral Dias.
Da porte da Iniciativa Liberal, também Mariana Leitão anunciou a sua candidatura, retirando-a posteriormente "para se dedicar à liderança" do partido, que viu Rui Rocha anunciar a saída do cargo.
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