"Eu sou presidente, e Putin não se vai meter comigo", atira Trump

Trump sugeriu que líderes europeus se podem juntar a uma possível reunião entre Putin e Zelensky, depois do seu encontro com o presidente russo no Alasca, na sexta-feira, 15 de agosto.

Trump

© Andrew Harnik/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
14/08/2025 19:07 ‧ há 6 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu, esta quinta-feira, que terá um segundo encontro com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, após a cimeira de amanhã no Alasca, ao qual se juntará o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, e, "talvez", alguns "líderes europeus". Além disso, reiterou que Putin quer um "acordo". 

 

Estas declarações, a partir da Casa Branca, surgiram quando Trump foi interrogado sobre a reunião que vai ter com Putin, já esta sexta-feira, na cidade de Anchorage. 

"Vamos ver o que acontece, temos uma grande reunião", começou por dizer o presidente norte-americano. "Acho que vai ser muito importante para a Rússia e vai ser muito importante para nós, pois vamos salvar muitas vidas", reiterou.

Assim, atirou que  a "segunda reunião" será mais importante. 

"Temos uma reunião com o presidente Putin amanhã. Acho que será uma boa reunião, mas a reunião mais importante será a segunda que teremos", afirmou Trump.

"Teremos uma reunião com o presidente Putin, o presidente Zelensky, eu, e talvez levemos alguns dos líderes europeus, talvez não", declarou.

Interrogado sobre se não está a recompensar Putin ao realizar uma cimeira após a invasão à Ucrânia, o chefe de Estado norte-americano evitou responder. 

"Acho que temos uma situação que nunca deveria ter começado, nunca deveria ter começado, apontou. "Não começou comigo (...) todos são culpados, Putin é culpado, todos são culpados", considerou.

"Putin não se vai meter comigo"

Donald Trump reiterou ainda a sua posição de que Putin quer "um acordo" e disse o presidente russo "não se vai meter" consigo. 

"Acho que se eu não fosse presidente, ele tomaria conta de toda a Ucrânia. É uma guerra que nunca deveria ter acontecido. Se eu não fosse presidente, na minha opinião, ele preferiria muito mais... tomar conta de toda a Ucrânia. Mas eu sou presidente, e ele não se vai meter comigo", rematou.

Algumas horas antes, o presidente norte-americano já tinha afirmado que qualquer acordo para pôr fim à guerra na Ucrânia teria de passar por uma cimeira com os homólogos russo e ucraniano, após a cimeira bilateral na sexta-feira.

"Este encontro abrirá caminho para outro", declarou Trump à rádio Fox News.

Para Trump, "o segundo encontro", com Putin e o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, "será muito, muito importante, porque será um encontro em que eles chegarão a um acordo".

"E não quero usar o termo 'dividir as coisas', mas, de certa forma, não é um termo mau. Haverá concessões mútuas no que diz respeito às fronteiras, aos territórios", adiantou Trump.

Na mesma entrevista, Donald Trump estimou em "25%" o risco de fracasso do encontro com Putin na sexta-feira.

A cimeira bilateral no estado norte-americano do Alasca será centrada sobretudo nas possibilidades de paz na Ucrânia, não estando prevista a presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Segundo vários meios de comunicação social norte-americanos, que citam fontes da Casa Branca, Trump poderá pressionar Putin para obter um compromisso de cessar-fogo incondicional na Ucrânia como primeiro gesto de boa vontade em prol da paz.

O jornal New York Post, citando fontes da presidência norte-americana, afirmou que os conselheiros de Trump considerariam um sucesso obter esse compromisso por parte de Putin antes das conversações de paz em que participará o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Trump advertiu Putin na quarta-feira que a Rússia enfrentará "consequências muito graves" se não for alcançado um cessar-fogo, embora tenha assegurado que o seu principal objetivo na esperada cimeira é ouvir o líder russo e ver que progressos podem ser alcançados em reuniões posteriores.

Entre as exigências de Putin para um armistício estaria o reconhecimento por parte de Washington e Kyiv das províncias ucranianas de Donetsk e Lugansk como território russo, o que abrangeria 30% do território que Moscovo atualmente não controla, segundo o New York Post.

Putin agradeceu hoje os esforços "enérgicos" e "sinceros" de Trump para pôr fim à guerra na Ucrânia e considerou que na cimeira do Alasca poderia ser discutido um acordo de "controlo de armas estratégicas" nucleares, referindo-se ao tratado de desarmamento nuclear entre a Rússia e os Estados Unidos, o START III, que expira em 2026.

[Notícia atualizada às 19h36]

Leia Também: Putin e Trump não vão assinar nenhum documento: "Nada foi preparado"

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