O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) disse que a operação neutralizou uma rede de agentes do Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia que contribuía para a localização de alvos na Ucrânia para as forças invasoras russas.
"Eles prepararam para o FSB as coordenadas dos armazéns onde eram guardadas armas, munições e suprimentos das tropas ucranianas", disse o SBU num comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE.
Os detidos "também procuraram as localizações geográficas das unidades de defesa aérea com o objetivo de ajustar os ataques dos russos", referiu.
Um dos detidos era um homem que trabalhava como segurança numa escola de artes marciais com um contacto na península da Crimeia, ilegalmente anexada pela Rússia em 2014, precisou o SBU.
Esse contacto é um colaborador dos serviços secretos russos e alguém próximo de Igor Markov, ex-líder do Partido das Regiões, uma formação proibida em 2023 e à qual pertencia o ex-presidente ucraniano fugido para a Rússia, Viktor Yanukovych.
Os detidos na operação da SBU ficaram em prisão sem fiança e podem ser condenados a prisão perpétua se forem provadas as acusações.
A Ucrânia e a Rússia anunciam com frequência a detenção de alegados espiões e sabotadores em operações dos respetivos serviços de informações e segurança.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave no continente desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, vão reunir-se na sexta-feira no estado norte-americano do Alasca para discutir o conflito na Ucrânia.
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