A televisão Al Jazeera avança que uma fonte do Hamas confirmou esta segunda-feira que o grupo palestiniano aceitou a proposta de cessar-fogo que lhes foi entregue no domingo.
"Nós informámos os mediadores que aprovamos a proposta deles, que nos foi apresentada ontem", continua a fonte, referindo-se ao Egito e ao Qatar que, neste momento, estão a mediar as negociações entre Israel e o Hamas.
A proposta em causa deverá ser uma versão revista da anterior, e estabelecerá um período de cessar-fogo de 60 dias entre Telavive e o grupo palestiniano.
Já o canal saudita Al Arabiya reporta que a proposta aceite é um compromisso entre um cessar-fogo total (o que representaria o fim efetivo da guerra) e uma trégua temporária, que inclui a libertação dos reféns (em duas fases) e a retirada gradual das forças de defesa israelitas da Faixa de Gaza.
Para já, os contornos exatos deste acordo ainda não são conhecidos.
A notícia é conhecida num dia em que o Ministério da Saúde do enclave anuncia que, desde o início da ofensiva israelita, em outubro de 2023, já morreram mais de 62 mil pessoas na Faixa de Gaza.
O balanço atualizado do ministério dá conta também de mais de 156 mil feridos.
As autoridades sanitárias do enclave acrescentaram que, pelo menos, cinco pessoas, incluindo dois bebés de 3 e 5 meses, morreram nas últimas 24 horas por causas relacionadas com a fome e a desnutrição.
As autoridades locais estimaram que mais de 260 pessoas morreram de fome e de desnutrição na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva militar israelita.
A retaliação de Israel, que também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária, provocou igualmente a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
[Notícia atualizada às 16h50]
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