Os ataques dos rebeldes em Kivu do Norte "custaram a vida a pelo menos 52 civis, incluindo oito mulheres e duas crianças", declarou a missão da Organização das Nações Unidas (ONU).
"A violência foi acompanhada por sequestros, saques, incêndios de casas, veículos e motocicletas, bem como pela destruição de bens pertencentes a populações que já enfrentavam uma situação humanitária precária", acrescentou.
Entre as 52 vítimas do mês de agosto, pelo menos nove foram mortas na noite de sábado para domingo, num ataque à localidade de Oïcha, no Kivu do Norte, segundo fontes de segurança e locais.
Alguns dias antes, as ADF - grupo rebelde com laços estreitos com o Estado Islâmico - já tinha matado pelo menos 40 pessoas em várias localidades situadas no setor de Bapere, também na província de Kivu do Norte.
O grupo rebelde, armado e formado originalmente por antigos rebeldes ugandeses, matou milhares de civis e multiplicou os saques e assassínios no nordeste da RDCongo, apesar do envio do exército ugandês para apoiar as forças armadas congolesas.
De acordo com o chefe do setor de Bapere, Macaire Sivikunula, as ADF atacaram durante a noite de 13 para 14 de agosto, "enquanto fugiam de um ataque das forças armadas congolesas e ugandesas".
O presidente da sociedade civil do setor de Bapere, Samuel Kagheni Kakule, disse que "casas foram incendiadas e pessoas levadas" pelos agressores durante esses ataques.
No final de 2021, Kampala e Kinshasa lançaram uma operação militar conjunta contra as ADF, sem conseguir até agora pôr fim às suas atrocidades.
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