Em comunicado conjunto, os ministérios dos Negócios Estrangeiros húngaro e eslovaco advertiram a Comissão Europeia, especificamente a alta representante da União Europeia (UE) para a diplomacia e Política de Segurança, Kaja Kallas, e ao comissário da Energia, Dan Jørgensen, que em apenas três semanas o oleoduto foi sabotado "três vezes".
"Agora, as entregas de petróleo à Hungria e à Eslováquia ficarão interrompidas durante pelo menos cinco dias", denunciaram.
Os dois governos exigiram ao executivo de Ursula von der Leyen medidas concretas para assegurar a segurança energética, já que o oleoduto 'Druzhba' "é indispensável para o abastecimento" daqueles países.
"Sem o oleoduto, o abastecimento de petróleo nos nossos países é fisicamente impossível, sabotagens como estas são um ataque direto e inaceitável à nossa segurança energética", reclamaram.
A sabotagem ucraniana aumentou de intensidade com os bombardeamentos de parte a parte contra infraestruturas energéticas.
A Rússia bombardeou em várias ocasiões, desde o início da invasão, há mais de três anos, infraestruturas de gás e responsáveis pelo aquecimento de habitações.
A Ucrânia retaliou com bombardeamentos a refinarias e oleodutos russos.
Os dois países, que são as forças de bloqueio dentro da UE ao apoio à Ucrânia, também olharam para o outro lado do Atlântico e pediram a intervenção de Washington.
Desta vez, o apelo subiu de tom e foi dirigido ao Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump.
Os EUA estão a mediar a mais recente tentativa de negociações entre a Ucrânia e a Rússia.
A resposta de Donald Trump alegadamente não tardou e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, partilhou uma suposta nota manuscrita de Trump, na qual dizia que estava "muito chateado" com o corte do abastecimento de petróleo na sequência da sabotagem ucraniana.
"Não gostei de saber isso", consta da nota partilhada pelo primeiro-ministro da Hungria.
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