Incêndios: 18 fogos preocupantes mantêm-se ativos em Espanha

O número de incêndios preocupantes em Espanha diminuiu de 21 para 18 nas últimas 24 horas e as condições meteorológicas são hoje favoráveis para o controlo e extinção dos fogos, disse a Proteção Civil espanhola.

Spain fires in Ourense province

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Lusa
21/08/2025 13:19 ‧ há 3 horas por Lusa

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Incêndios

"Em geral, a previsão meteorológica é favorável para a extinção dos incêndios e hoje temos uma oportunidade de ter um avanço significativo", disse a diretora da Proteção Civil espanhola, Virginia Barcones, numa conferência de imprensa em Madrid.

 

Nas últimas 24 horas, diminuiu o número de incêndios ativos, mas continua a haver 18 de maior gravidade (classificados como de nível 2 numa escala que em Espanha vai até ao 4).

Em oito, estão a operar equipas da Unidade Militar de Emergências (UME), uma força especial das Forças Armadas espanholas que atua em cenários de urgência e catástrofe como fogos, inundações ou terramotos.

Segundo Virginia Barcones, estes oito incêndios com uma situação ainda "muito comprometida", estão a ter uma evolução "mais lenta ou mais adversa" e localizam-se maioritariamente nas regiões da Galiza, de Castela e Leão e da Extremadura, todas no noroeste e oeste de Espanha e na fronteira com Portugal.

A diretora da Proteção Civil espanhola acrescentou que entre as maiores preocupações neste momento estão também os reacendimentos e que tem havido "diversas situações em que voltam a gerar-se focos" de incêndio em zonas já dadas como controladas ou apagadas.

A melhoria na situação dos incêndios em Espanha permitiu também retomar hoje com normalidade as ligações de comboio de alta velocidade entre Madrid e a Galiza, que estiveram cortadas durante uma semana por causa dos fogos.

Na Galiza, segundo as autoridades do governo autonómico, mantinham-se hoje seis fogos ativos de nível 2 na província de Ourense, incluindo o de Larouco, que já queimou mais de 30 mil hectares e é já considerado o maior incêndio da história na região.

Na Extremadura, a presidente do governo regional, María Guardiola, disse hoje esperar ter "boas notícias" ao final da tarde sobre o incêndio em Jarilla, Cáceres, revelando que está prestes a ser controlado depois de ter avançado durante dez dias e de ter queimado cerca de 16.800 hectares.

Já em Castela e Leão permanecem oito incêndios de nível 2 e continua a ser a região com mais focos ativos.

Espanha enfrenta há semanas uma onda de grandes incêndios no noroeste e no oeste do país com a área ardida este ano a aproximar-se dos 400 mil hectares, um recorde anual, segundo os dados, ainda provisórios, do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).

Espanha ativou em 11 de agosto o mecanismo europeu de proteção civil para solicitar meios internacionais e recebeu ajuda de nove países da UE, através de meios aéreos, terrestres e humanos de combate a incêndios, naquele que é o maior contingente de ajuda internacional que já chegou ao país desde 1975, referiu a Proteção Civil espanhola.

Através de acordos bilaterais há ainda meios de Andorra e Portugal em Espanha.

A origem e a propagação destes incêndios coincidiram com uma onda de calor em Espanha de 16 dias, que terminou na segunda-feira e foi a terceira mais longa jamais registada no país, segundo a agência de meteorologia nacional (Aemet).

Perto de 1.150 pessoas morreram em Espanha durante esta onda de calor de 16 dias por causas atribuíveis às altas temperaturas, de acordo com estimativas do instituto de saúde pública espanhol Carlos III.

Leia Também: Declaração de calamidade? "Assunto não é pacífico. Temos de analisar"

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