Imigração ilegal nos EUA atingiu valor recorde de 14 milhões em 2023

O número de pessoas em situação ilegal nos Estados Unidos atingiu em 2023 um novo máximo de 14 milhões, revelou hoje um grupo de investigação, retratando um aumento significativo ainda muito abaixo das estimativas do Presidente Donald Trump.

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© Alex Pena/Anadolu via Getty Images

Lusa
21/08/2025 20:59 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Relatório

O indicador do 'think tank' (grupo de reflexão) Pew Research Center aumentou face aos 11,8 milhões registados no ano anterior e ultrapassou o recorde anterior, que foi de 12,2 milhões em 2007, segundo referiu a agência norte-americana Associated Press (AP).

 

O aumento foi impulsionado por cerca de 6 milhões de pessoas que se encontravam no país com alguma forma de proteção legal. Trump retirou muitas dessas proteções desde que assumiu o cargo, em janeiro passado.

O Pew, cujas estimativas remontam a 1990, apontou que, embora 2023 seja a sua análise completa mais recente, as conclusões preliminares mostram que o número aumentou em 2024, embora a um ritmo mais lento, depois de o então presidente Joe Biden (democrata) ter restringido severamente o asilo na fronteira em junho desse ano.

O número caiu este ano sob a administração do republicano Donald Trump, mas ainda é provável que ultrapasse os 14 milhões.

A população total de imigrantes nos Estados Unidos (EUA), independentemente do estatuto legal, atingiu um recorde histórico de mais de 53 milhões em janeiro de 2025, representando um recorde de 15,8% da população do país.

O número caiu desde então, o que, segundo o Pew, seria a primeira vez que diminuiria desde a década de 1960.

Embora seja improvável que as conclusões resolvam o debate, o relatório da Pew é uma das tentativas mais completas de medir a imigração ilegal.

Guatemala, El Salvador, Honduras e Índia foram responsáveis pelos os números mais elevados, depois do México. Os totais da Venezuela, Cuba, Colômbia, Nicarágua, Equador, Ucrânia e Peru mais do que duplicaram em dois anos.

Trump sublinhou num discurso ao Congresso em março que 21 milhões de pessoas "entraram nos Estados Unidos" nos quatro anos anteriores, superando em muito as estimativas do Pew e o que sugerem os números de detenções na fronteira.

A Federação para a Reforma da Imigração Americana, um grupo amplamente alinhado com as suas políticas, estimou 18,6 milhões em março.

O Centro de Estudos de Imigração, um grupo que defende restrições à imigração, informou que havia 14,2 milhões de pessoas ilegalmente nos EUA no mês passado, abaixo do pico de 15,8 milhões em janeiro.

Já a secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, elogiou a queda reportada de 1,6 milhões em seis meses.

O próprio departamento de Noem, através do Gabinete de Estatísticas de Segurança Interna, estima que existiam 11 milhões de pessoas ilegalmente nos EUA em 2022, a sua contagem mais recente.

O Centro de Estudos de Migração, autor de outra investigação, estimou recentemente o número em 12,2 milhões em 2022, superando o recorde anterior de 12 milhões em 2008.

As conclusões do Pew, baseadas em dados do inquérito do Departamento de Censos dos EUA e do Departamento de Segurança Interna, refletem um aumento do número de pessoas que atravessaram a fronteira ilegalmente para exercer direitos de asilo e aderir às políticas da era Biden de conceção de um estatuto legal temporário.

Trump acabou com estas políticas e procurou também reverter a expansão de Biden do Estatuto de Proteção Temporária para pessoas que já se encontravam nos Estados Unidos e cujos países são considerados inseguros para regresso.

Os estados com maior número de pessoas em situação ilegal no país foram, por ordem, a Califórnia, o Texas, a Florida, Nova Iorque, Nova Jérsia e o Illinois, embora o Texas tenha reduzido drasticamente a sua diferença em relação à Califórnia.

Leia Também: Suspensa ordem que protegia 60.000 imigrantes de serem deportados dos EUA

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